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Pandemia faz nascimentos caírem e casamentos aumentarem em Limeira

Dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP) mostram que o número de nascimentos em Limeira foi menor este do que no ano anterior. Já a quantidade de casamentos aumentou 17%. Os dados são referentes ao período de janeiro a setembro.

De acordo com o presidente da Arpen/SP, Luis Carlos Vendramin Junior, o aumento de casamentos pode estar relacionado aos adiamentos das cerimônias devido a pandemia do coronavírus. “Podemos verificar pelos dados levantados no Portal da Transparência do Registro Civil que os casamentos no município de Limeira tiveram um aumento quando comparados ao ano de 2020. E a cada mês que passa de 2021, notamos também esse crescimento”, destaca.

Em 2020, foram 984 registros oficiais e este ano, 1.156 cerimônias em Limeira. Mesmo com o aumento, os números ainda ficam abaixo de 2019, período antes da pandemia com somatória de 1.547 matrimônios. “Até o final do ano a população do estado estará quase 100% vacinada. Com isso, podemos prever que os casamentos aumentem, visto que as festas poderão ocorrer com mais segurança. Não podemos certificar que os números retornem ao patamar pré-Covid, mas acredito que os matrimônios vão aumentar”, destaca o presidente.

Com a retomada das cerimônias oficiais, o presidente informou que os cartórios estão prontos para realizar os casamentos de forma adequada e de acordo com as normas de prevenção à Covid-19. “Para a realização dos matrimônios nas serventias, ainda estamos seguindo o distanciamento entre os clientes dos cartórios, a obrigatoriedade do uso de máscaras e também disponibilizando álcool gel nas dependências das unidades”, disse.

NASCIMENTOS

Em contrapartida aos casamentos na pandemia, o número de nascimentos diminuiu este ano. A insegurança da gestação, as variantes e a espera pela vacina estão relacionados ao adiamento dos pais. Em 2020, 2.736 bebês nasceram em Limeira no período de janeiro a setembro. Já este ano, no mesmo período, foram 2.567. Na pré-pandemia, em 2019, foram 2.844 nascimentos.

A recomendação dada pelo Ministério da Saúde em meados de abril deste ano foi para os pais aguardarem, uma vez que as novas variantes do coronavírus têm sido mais agressivas quando acometem gestantes. O objetivo foi preservar a segurança dessas mulheres e também de seus bebês, mas é importante reforçar que essa deve ser uma decisão compatível com a realidade de cada família. “Isso porque existem mães que estão tentando engravidar há muito tempo, principalmente em virtude de algum impedimento prévio, como  a idade, e não podem, portanto, esperar mais”, disse.

Conhecidos como os bebês da pandemia, muitos pais foram surpreendidos com a gravidez no ano passado e relatam as inseguranças e o isolamento social. “Tive uma gestação preocupante, mesmo tentando engravidar a algum tempo. Descobri a gravidez nos primeiros meses do isolamento social e as informações que recebíamos ainda eram incertas quanto a doença”, disse Ana Cláudia da Silva.

Os pais do pequeno Augusto, de 8 meses, reforçaram os cuidados em casa e respeitaram rigorosamente o isolamento social. “As visitas foram vetadas e mantivemos contato com a família e amigos apenas por telefone. Foram momentos difíceis, mas a preocupação com a saúde do bebê e da nossa família era primordial”, disse Marcelo Lopes.

Desde o começo da pandemia, o consenso foi de gestantes entrarem no grupo de risco, já que seus corpos sofrem alterações durante a gestação que podem aumentar o risco de algumas infecções. Durante um período, a vacinação das grávidas foi tomada por algumas dúvidas em relação à segurança das mulheres e seus bebês. A liberação ocorreu após análises técnicas, debates com pesquisadores e avaliação dos dados epidemiológicos, que mostram que a letalidade da Covid-19 em grávidas no Brasil está em cerca de 10%, enquanto a da população em geral está em 2%. 

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