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  Diretores da Medical/Hapvida se reúnem com Comissão de Saúde

Vereadores apresentaram reclamações de usuários e fizeram questionamentos

Representantes da operadora de saúde Hapvida, que adquiriu a Medical de Limeira, participaram da reunião ontem da Comissão de Saúde da Câmara para falar sobre reclamações dos serviços disponibilizados aos usuários do plano e sobre o tratamento por meio do chamado kit covid.

A reunião teve a presença dos vereadores Everton Ferreira (PSD), presidente do colegiado; Lu Bogo (PL), vice-presidente; e Marco Xavier (Cidadania), secretário. Também participaram os vereadores Dr. Júlio (DEM), Terezinha da Santa Casa (PL), Isabelly Carvalho (PL) e  Waguinho da Santa Luzia (Cidadania), além de assessores parlamentares. Em nome da Medical/Hapvida, estiveram presentes o diretor de Operações - Sul/Sudeste, Antonio Claudio Gregoratto, o vice-presidente de Integração, Heraldo Silva, e o vice-presidente Comercial, Lício Cintra.

De acordo com o presidente da Comissão, vereador Everton, a reunião foi importante para começar a esclarecer a situação do plano de saúde na cidade. "A reunião foi muito esclarecedora, os vereadores fizeram diversos questionamentos acerca das denúncias, dos protocolos e do atendimento dos usuários, em especial, dos funcionários que utilizam esse plano”, avaliou.

Segundo Everton, o próximo passo do colegiado será receber os relatórios técnicos da empresa e promover um estudo nos documentos para, posteriormente, adotar novas medidas. "Avançaremos ainda mais com esses procedimentos", disse.

ATENDIMENTO

Sobre os problemas no atendimento, os dirigentes da empresa reconheceram dificuldades por causa da transição entre o sistema da Medical e da Hapvida. "Esse momento de integração é sempre muito delicado. Nosso papel é transformar esse momento de transição em um momento menos traumático possível", afirmou Heraldo. Ele admitiu também que algumas questões precisam ser alinhadas. Já Gregoratto garantiu que a Hapvida está focada em melhorar o tempo de atendimento e a liberação de cirurgias, além de oferecer um serviço mais qualificado para um público exigente. "Sabemos que precisamos melhorar principalmente nos agendamentos", disse. "Existe um processo de adaptação do sistema que não é simples, muitas vezes tem que conviver com dois sistemas. Tem todo empenho para que a gente faça o projeto dar certo", reforçou Lício.

A empresa sugeriu nomear um profissional para manter uma linha direta com a Câmara, a fim de receber denúncias, reclamações e sugestões. O objetivo, segundo Gregoratto, não é resolver problemas pontuais, mas apresentar soluções para o tema. Os diretores também se comprometeram a enviar relatórios para a Comissão sobre os atendimentos e exames. "Vamos acompanhar essa transição de forma muito próxima, apresentando eventuais situações que não deram certo", afirmou o vereador Marco.

Um ponto levantado pelos vereadores foi o descredenciamento de profissionais de saúde. Os representantes da operadora informaram que quatro cooperados deixaram a empresa e de cinco a seis profissionais foram descredenciados.

Algumas questões levantadas pelos parlamentares ficaram sem respostas, como a pergunta feita pela vereadora Lu Bogo sobre o atendimento para exames de mamografia, em razão do Outubro Rosa, e a questão do vereador Dr. Júlio sobre os honorários médicos.

KIT COVID

Sobre a prescrição do kit covid, os diretores declararam que não obrigaram os profissionais a adotarem uma coleção de medicamentos durante a pandemia. "A Medical nunca obrigou nenhum médico a prescrever kit covid, defendemos a autonomia médica", disse. Em relação ao tratamento pós-covid, foi informado que a operadora oferece terapias na área de pneumologia e fisioterapia.

 

 

 

HapVida também esteve em reunião com USTL

Durante reunião da última terça-feira com representantes da USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira), a direção da Medical Hapvida garantiu que não está recomendando a prescrição do kit Covid (Hidroxicloroquina-Invermectina-Azitromicina) aos médicos da empresa. O encontro com os sindicalistas ocorreu após denúncias em contrário – uma suposta pressão da empresa, inclusive de sua unidade de Limeira, para o uso destes medicamentos. No início de outubro, a USTL acionou a Comissão de Saúde da Câmara, para que questionasse o uso do kit Covid nas unidades de saúde públicas e privadas de Limeira.

“Conforme nota oficial divulgada à imprensa, estas prescrições do kit ocorriam apenas no início da pandemia, quando havia poucas informações sobre a doença, mas sempre por iniciativa dos próprios médicos”, garantiu o diretor de operações da Hapvida, Antonio Gregoratto.

Por parte da Medical Hapvida, participaram da reunião o diretor administrativo regional, Donizete Camilo, os gerentes regionais de relacionamento, Rogerio Caseze e Antonio Carlos Freire, além do gerente de credenciamento médico, Alexandre Botura. Em meio às tratativas, o diretor médico Rafael Camargo também compareceu. Além do tema Covid, o encontro tratou das reclamações relativas ao plano médico, com destaque para a demora no agendamento de consultas, atendimento no Pronto Socorro e Pronto Atendimento.

Gregoratto citou a dificuldade com o sistema operacional, atualmente centralizado em Ribeirão Preto, mas que estaria sendo transferido para Limeira. Camilo citou que as melhorias já estariam ocorrendo, com 80% dos atendimentos ocorrendo no prazo estabelecido de 15 minutos, contra 20% no período de aquisição da empresa Medical, em dezembro. “Investimos R$ 12 milhões desde que assumimos, ampliando os serviços e sanando problemas iniciais. Prometemos melhorar ainda mais”, completou o gerente Freire.

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