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Artista limeirense expõe trabalho no Oposta Espaço Inventivo

 

O Oposta Espaço Inventivo recebe hoje exposição “Entre Trajetos” do artista limeirense, Wesler Machado Alma, de 36 anos. O trabalho vem de uma série iniciada em 2019 e é fruto do TCC de Alma. “Ali, conto um pouco da minha trajetória desde a época em que comecei a fazer grafite, passando pela época em que ele deixa de fazer sentido para mim, até o momento em que começo a enxergar a rua como ponto de partida para o meu trabalho. É nas ruas que coleto materiais, a maioria usado na construção civil, como latas de tinta, pedaços de ferro, entre outros, e acabo ressignificando cada um deles e transformando em suportes onde aplico meus desenhos”, explica.

Ele ressalta ainda que referência para a execução de todos os seus trabalhos vem de seu caminhar atento pelo espaço urbano. “O processo de apropriação resulta em obras de composição híbrida, que nascem da imagem e transitam entre modalidades artísticas como pintura, desenho, fotografia, escultura, intervenção e instalação”, acrescenta.

 

TRAJETÓRIA

 

Alma é artista visual, arte educador e estudante do 8º semestre em licenciatura em artes visuais na Faculdade de Administração e Artes de Limeira (FAAL). Já participou de exposições coletivas e individuais  em diversas cidades e estado do Brasil, entre elas a 48° SAC - Salão de Arte de Contemporânea Piracicaba; Piracicaba/SP, 25º SAV - Salão de Artes plásticas de Vinhedo; Vinhedo/SP, 26° Salão de Artes Plásticas de Praia Grande - Praia Grande/SP, 44º SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional - Contemporâneo; Ribeirão Preto/SP, 24º “Mostra da Juventude” Sesc Ribeirão Preto; Ribeirão Preto e residências na  Argentina e Uruguai, além das obras em acervos institucionais como Pinacoteca Miguel Dutra - Piracicaba/SP e acervos particulares.

Ele revela que se descobriu artista por meio da cultura hip hop e do grafite. “Tive um encontro com a arte quando conheci um grupo de dançarinos que se apresentava na praça Toledo de Barros. Passei a participar desse cenário e em seguida conheci o grafite. “Então, com o passar do tempo, meu trabalho foi se desdobrando e conheci a arte contemporânea, mas ainda há intervenções em pinturas de murais externo de alguns espaços”, explica.

Ele faz parte da segunda geração de “Street Artist”, os artistas de rua da cidade. “Os artistas mais velhos que já pintavam nos acolheu muito bem. Prestávamos muita atenção em suas histórias, aprendemos muito com isso e conseguimos ampliar nossa pesquisa”, finaliza.

 

PROFISSÃO

 

Para Alma, a arte significa compartilhamento e suas inspirações vêm dos espaços arquitetônicos da cidade.

Sobre as dificuldades da profissão, ele diz que as vê como desafios e tenta criar estratégias para se manter dentro do circuito, produzindo e vendendo sua arte. “Todas as profissões têm suas dificuldades e o importante é enfrentá-las dando o melhor de si”, completa. “Para que está começando nessa área, eu aconselho a estudar bastante, ter persistência e se engajar em atividades como exposições, workshops, etc. Não desista, acredite em você. Quando se acredita e se dedica, as coisas acabam acontecendo”, sugere.

“Hoje meu maior sonho é poder acordar a cada dia, produzir e dar continuidade na minha arte, que é o que mais gosto de fazer”.

 

FOTO: Alma – Arquivo pessoal

 

A inspirações do artista Wesler Machado Alma vêm dos espaços arquitetônicos da cidade.

 

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