Quatro pessoas morreram e 14 ficaram feridas em um ataque na sede da Turkish Aerospace Industries (Tusas), perto de Ancara, nesta quarta-feira (23). O governo turco classificou o incidente como um ataque terrorista, e testemunhas relataram ter ouvido tiros e explosões no local.

O ministro do Interior, Ali Yerlikaya, informou que dois agressores foram mortos durante a ação e que três dos feridos estão em estado grave. Imagens de TV mostraram os agressores armados entrando nas instalações da Tusas. Yerlikaya declarou que os "dois terroristas foram neutralizados" durante o ataque às instalações da empresa aeroespacial em Ankara Kahramankazan.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, que estava na Rússia em uma conferência do Brics ao lado do presidente Vladimir Putin, condenou o ataque e recebeu as condolências de Putin. A Otan, os Estados Unidos e a União Europeia também manifestaram condenação ao atentado.

A causa da explosão e os responsáveis pelo ataque ainda não foram esclarecidos, e nenhum grupo reivindicou a autoria. Promotores iniciaram uma investigação, segundo a agência estatal Anadolu. Relatos da mídia sugeriram que o ataque envolveu suicidas e reféns, mas as autoridades não confirmaram essa informação.

Testemunhas afirmaram que os funcionários que estavam dentro do prédio foram levados para abrigos pelas autoridades e ficaram impedidos de sair por várias horas. Elas também disseram que ouviram explosões em diferentes saídas, enquanto os trabalhadores deixavam o local ao fim do expediente. Mais tarde, a retirada dos funcionários do campus foi autorizada, e os ônibus começaram a sair.

A Tusas, maior fabricante aeroespacial da Turquia, produz aeronaves de treinamento, helicópteros civis e de combate. A empresa, de propriedade da Fundação das Forças Armadas Turcas e do governo, emprega mais de 10 mil pessoas.