Archimedes Garrido bate recordes embaixo d’água
Ele encontrou no Nosso Clube a estrutura ideal para treinos de mergulho livre
Aos 33 anos, Archimedes Garrido era sedentário, sentia-se doente, alimentava-se mal e só pensava no trabalho. O susto causado por um acidente vascular cerebral foi decisivo para que ele percebesse a necessidade de mudar o estilo de vida.
Parou de fumar e de beber, começou a praticar esportes e emagreceu 60 quilos. Um ponto inusitado dessa história de superação é a atividade física que Archimedes, nascido há 56 anos em Santa Bárbara d’Oeste e morador de Limeira há 24, escolheu: o mergulho livre.
Há 16 anos, a prática evoluiu para o mergulho livre em apneia, esporte com adeptos no mundo todo que consiste em permanecer embaixo d’água, apenas com o ar dos pulmões, pelo maior tempo possível. O hoje adestrador de cães Archimedes participa de competições tanto de apneia estática, em que o mergulhador fica parado, quanto de apneia dinâmica, que pode ser com ou sem nadadeiras, na qual o competidor nada sem respirar.
Há três anos, Archimedes encontrou no Nosso Clube o local ideal para treinar e se tornou sócio. Vem treinando natação com o professor Glauco Casimiro, além de realizar a preparação específica para apneia. “O Nosso Clube tem uma estrutura fantástica, que me permite treinar com segurança para atingir as minhas metas”, afirma. A rotina de treinos é variada, com atividades diárias dentro e fora d’água.
Tanta dedicação rendeu diversas conquistas para Archimedes. Ele já bateu os recordes paulistas de apneia estática, com 5 minutos e 30 segundos, e de apneia dinâmica sem e com nadadeiras, com respectivamente 106 e 118 metros percorridos. Mas seu grande orgulho é o recorde brasileiro de imersão livre, alcançado em um dos maiores eventos de mergulho do mundo, nas Bahamas, quando atingiu 56 metros de profundidade.
Por ser uma modalidade pouco conhecida no Brasil, Archimedes relata que tem dificuldade para conseguir patrocínios e, consequentemente, bons equipamentos. Porém, reclamar não faz parte do seu vocabulário. Mais que um esporte, diz, o mergulho livre é um estilo de vida, que inclui uma alimentação com poucos carboidratos e bastante concentrada em proteínas, além de uma boa hidratação.
No país, são realizadas em média quatro provas por ano e um campeonato brasileiro. Entre uma competição e outra, o espírito aventureiro de Archimedes, que em novembro fará exame para a faixa preta de karatê, leva-o também para esportes como a escalada esportiva e o montanhismo. Ele já escalou as maiores montanhas da Bolívia e está planejando subir até o pico mais alto do Chile.
“A escalada esportiva me deixa com a musculatura firme, como se eu estivesse indo numa academia de musculação”, explica. “Tenho costume de usar o meu próprio corpo como ferramenta de treinamento”. Archimedes diz que seus treinos proporcionam condicionamento físico e mental. “O mergulho livre faz com que me sinta jovem!”. Sem dúvida, um bom motivo para se praticar um esporte.
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