Roger deixa a Inter após saber que não seria o técnico no Paulistão
Edmar Ferreira
Ao saber que não seria o técnico da Internacional para o Paulistão de 2022, Roger Silva optou por deixar o clube. Segundo informações, a diretoria teria oferecido um cargo para o ex-camisa 9 na comissão técnica fixa, mas o mesmo não teria aceito.
O objetivo da Internacional é contratar um treinador mais experiente para o Estadual. A diretoria leonina gostaria que Roger fosse, por exemplo, um auxiliar do novo comandante, fizesse todos os cursos da CBF, se preparasse melhor e que futuro reassumisse o cargo que exerceu no Campeonato Brasileiro da Série D deste ano.
Roger foi contratado pela Inter para jogar o Paulistão de 2021. Em 12 jogos, marcou dois gols, nas vitórias por 1 a 0 sobre o Novorizontino, em 7 de março, no Limeirão, e depois sobre a Ponte Preta, em 26 de abril, no Moisés Lucarelli. Esse inclusive foi seu último gol como profissional, justamente em cima da Macaca, time que mais se identificou na carreira.
Roger gostou tanto da Inter e da forma como foi tratado em Limeira, que aceitou o convite para ser o gerente de futebol. Desta forma, passou a trabalhar em conjunto com o CEO Enrico Ambrogini e depois com Thiago Gasparino na montagem do elenco para a Série D.
Com a demissão de Dyego Coelho após oito jogos (uma vitória, três empates e quatro derrotas), Roger decidiu colocar em prática um sonho antigo: ser treinador de futebol.
Como nesta divisão do Campeonato Brasileiro as credenciais de técnico da CBF não são exigidas, Roger passou a comandar a Inter e se deu muito bem. Em seis jogos, foram quatro vitórias e duas derrotas, ou seja, 66% de aproveitamento, bem maior do que os 29% do seu antecessor.
Segundo Thiago Gasparino, a saída de Roger Silva foi em comum acordo. O novo técnico leonino será anunciado nas próximas horas.
No Manaus
Logo após o término da Série D, o Manaus, time que lidera o Grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C, anunciou as contratações do volante Júlio Rush e do meia Guilherme Pira. Foi um pedido do técnico Evaristo Piza, ex-XV de Piracicaba.
Rush veio do São Bento para a Inter. Foram 12 jogos e nenhum gol. Porém, em três oportunidades recebeu o troféu SQ Imports Blam de melhor em campo. O volante tem contrato com o Leão até o final da Série D de 2022.
Já Pira disputou o Paulistão pelo São Caetano e chamou a atenção do até então gerente de futebol Roger Silva que o contratou para a Série D. Mesmo com o rebaixamento do Azulão para a Série A-2, Gui fez excelentes partidas, uma delas inclusive na derrota para a Inter por 1 a 0, no Limeirão, gol do lateral Rafael Santos nos acréscimos.
O meia deu azar ao sofrer um estiramento muscular logo na terceira rodada do Brasileiro contra o São Bento e perdeu alguns jogos. Quando retornou, mostrou um futebol ofensivo de muita qualidade, cheio de dribles.
Foram 10 jogos e um golaço na última rodada contra o Madureira, na vitória por 2 a 1, no Rio de Janeiro. Primo do ex-ponta Tato, campeão paulista com a Inter em 1986, Pira tem contrato com a Inter até novembro deste ano. A diretoria estuda prorrogar o vínculo até o final da Série D do ano que vem.
Rescisões
A diretoria leonina rescindiu com mais cinco jogadores que estavam no elenco da Série D. Desses, apenas o goleiro Passarelli, ex-Guarani e o meia Elvis não atuaram nenhuma partida pela Inter.
O goleiro Alan Camilatto disputou a Copa Paulista do ano passado. Em três jogos, sofreu seis gols. Na Série D ele foi apenas o quarto goleiro. O lateral Igor Tavares disputou apenas quatro jogos. Nas duas últimas partidas substituiu o titular Daniel Vançan, que se lesionou em um treino.
A última rescisão foi do zagueiro Eduardo Melo, que atuou em apenas três partidas. O jogador, que foi contratado junto ao Votuporanguense, não agradou.
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