Custo da cesta básica aumenta em setembro
O custo da cesta básica aumentou em setembro em 10 das 17
capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. São
Paulo apresentou o maior custo para a cesta básica, com valor de R$ 792,47,
seguida por Florianópolis (R$ 768,33), Rio de Janeiro (R$ 757,30) e Porto
Alegre (R$ 756,17). Já os menores valores foram verificados em Aracaju (R$
506,19), Recife (R$ 535,32) e João Pessoa (R$ 552,35), regiões do Norte e
Nordeste, onde a composição da cesta básica é diferente.
Comparando os valores entre setembro de 2023 e setembro de 2024, o custo da cesta básica subiu em 11 cidades, com destaque para São Paulo (7,85%), Goiânia (6,65%), Campo Grande (5,76%) e Rio de Janeiro (5,19%). As quedas mais expressivas foram observadas em Natal (-7,51%) e Recife (-6,12%).
Nos primeiros nove meses de 2024, nove capitais apresentaram aumento nos preços da cesta, com São Paulo (4,13%), Rio de Janeiro (2,53%) e Campo Grande (2,43%) registrando as maiores altas. Por outro lado, Brasília (-2,32%) e Natal (-0,37%) foram as cidades com as maiores reduções.
Com base no custo da cesta básica de São Paulo, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário para cobrir as despesas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.657,55, equivalente a 4,71 vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 1.412,00. Em agosto de 2024, o valor estimado era de R$ 6.606,13, e em setembro de 2023, de R$ 6.280,93.
Em setembro de 2024, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu 50,24% de seu salário líquido para adquirir a cesta básica, ligeiramente superior ao mês anterior (50,13%), mas abaixo do percentual de setembro de 2023, que foi de 53,09%. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta em setembro foi de 102 horas e 14 minutos, também maior do que o registrado em agosto.
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