Custo da cesta básica sobe em janeiro, aponta Dieese
O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 11 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Na comparação dos valores da cesta, entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, todas tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 7,19% e 16,11%.
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 790,57), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 770,19), Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$ 757,33).
Em janeiro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.641,58, ou 5,10 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00. Em dezembro de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, o valor necessário era de R$ 6.647,63 e correspondeu a 5,48 vezes o piso mínimo. Em janeiro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 5.997,14, ou 4,95 vezes o piso em vigor.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, no primeiro mês de 2023, 65,64% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Já em 2022, os percentuais foram de 70,58%, em dezembro, e de 63,67%, em janeiro.
Ainda segundo o DIEESE, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, seis dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: batata (7,01%), arroz agulhinha (6,44%), feijão carioquinha (5,24%), café em pó (2,97%), pão francês (1,32%) e açúcar refinado (0,74%). O preço médio do óleo de soja não variou, enquanto outros seis produtos apresentaram queda de preço: tomate (-4,14%), leite integral (-2,13%), carne bovina de primeira (-1,08%), banana (-0,97%), manteiga (-0,82%) e farinha de trigo (-0,59%).
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