
Apenas 3% dos homens se consideram feios no Brasil
Nos últimos anos, os debates sobre padrões estéticos e aceitação corporal têm ganhado cada vez mais espaço. Quando o olhar se volta para os homens, as pesquisas mostram um cenário curioso: a maioria demonstra certa confiança em sua aparência.
Segundo uma pesquisa recente da GQ Brasil, apenas 3% dos homens brasileiros acreditam ser feios. Por outro lado, 47% se consideram bonitos, enquanto 44% dizem estar na média.
Além da questão estética, o estudo analisou também aspectos como estilo pessoal e inteligência, buscando compreender de que forma os homens percebem a si mesmos e como isso se conecta à imagem que projetam socialmente.
De acordo com o levantamento, nove em cada dez homens acreditam ter, no mínimo, um nível de beleza dentro da média. Isso indica que a autoestima da população masculina é elevada.
A pesquisa também trouxe detalhes sobre aparência e estilo de vestir. Os resultados confirmam essa preocupação: 69% não querem transmitir a ideia de descuido. Além disso, 61% preferem não chamar atenção nos ambientes em que frequentam.
Em relação à inteligência, 65% acreditam estar dentro da média. Ainda assim, 28% se consideram mais inteligentes, enquanto apenas 7% afirmam o contrário. Esse número, quatro vezes menor, reforça um padrão de autoestima elevada.
A visão dos homens sobre o próprio corpo está diretamente relacionada à vida sexual. Problemas de autoestima costumam estar ligados a casos de disfunção erétil, que, por sua vez, se conectam a fatores como insegurança e falta de confiança no desempenho.
Segundo o Dr. Paulo Egydio, PhD em Urologia, esses aspectos precisam ser abordados em conjunto quando as falhas durante o ato sexual têm origem psicológica, já que a autoestima é um fator central.“A autoestima é um componente essencial da sexualidade. Quando um homem se sente feio ou inseguro com sua aparência, essa percepção pode minar sua confiança e desencadear ansiedade de desempenho, dificultando a excitação e a manutenção da ereção. Em outras palavras, a forma como ele se enxerga influencia diretamente sua capacidade de se sentir confortável e aproveitar a intimidade. Essa relação, que é recíproca, pode criar um ciclo em que a baixa autoestima agrava as dificuldades sexuais, e as falhas na experiência íntima reforçam ainda mais a sensação de inadequação.”
Outro fator importante envolve o envelhecimento. A partir dos 40 anos, os homens podem passar por mudanças corporais e hormonais que impactam a autoestima. A pesquisa feita pelo Dr. Paulo Egydio revelou que a ansiedade e a depressão estão entre as condições mais comuns e podem afetar de forma significativa a função sexual masculina.
“Com o passar dos anos, especialmente após os 40, é comum que os homens experimentem mudanças físicas e hormonais que, muitas vezes, afetam a percepção da própria virilidade. A queda nos níveis de testosterona, a perda de massa muscular e o aumento da gordura corporal, entre outras alterações naturais do envelhecimento, podem levar a uma sensação de diminuição da energia e, consequentemente, da autoconfiança na vida sexual. Porém, é importante reconhecer que essas transformações não determinam o fim de uma sexualidade ativa e prazerosa”, afirma o especialista.
Comentários
Compartilhe esta notícia
Faça login para participar dos comentários
Fazer Login