Câmara aprova PEC de corte de gastos em primeiro turno
Por 354 votos a favor, 154 contra e duas abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote de corte de gastos obrigatórios do governo. O texto precisava de 308 votos, três quintos dos 513 deputados, para passar.
Após rejeitar dois destaques, o plenário discute a
votação da PEC em segundo turno. Um destaque do PSOL buscava retirar as
mudanças no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Outro destaque, relativo ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi
rejeitado por unanimidade porque o tema será discutido em projeto de lei.
A PEC traz mudanças no abono salarial, no Fundeb, e
prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU). A proposta também abre
caminho para a votação do projeto que limita os supersalários do funcionalismo
público.
Para evitar a derrota da PEC, o governo concordou que o
relator do texto na Câmara, Moses Rodrigues (União Brasil-CE) enfraquecesse as
verbas que podem ficar fora do teto de supersalários de R$ 44 mil. O
texto original previa que uma lei complementar tratasse as verbas autorizadas a
ficar fora do teto.
Agora, o tema será regulamentado por meio de uma lei
ordinária, que exige maioria simples. Com a mudança, o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) pode editar resoluções, que têm status de lei orinária, para
driblar o teto de remuneração no Poder Judiciário.
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