Lula envia projeto que aumenta pena para crimes ambientais
O governo federal anunciou o envio de um projeto de lei
que endurece as penas para quem comete crime ambiental no país. Segundo o
Ministério da Justiça e Segurança Pública, a proposta aumenta de 4 para 6 anos
a pena para delitos como o de atear fogo em vegetação, e estabelece que o crime
seja inicialmente cumprido em regime fechado de prisão.
Atualmente, as penas, que variam de 2 a 3 anos,
normalmente não levam à prisão e ainda propiciam a rápida prescrição dos
crimes.
"Este país apenas está mostrando que, daqui para
frente, a gente não vai brincar com o crime ambiental, as pessoas terão que ser
punidas severamente", afirmou Lula durante reunião no Palácio do Planalto,
em que assinou a mensagem de envio do projeto ao Congresso Nacional, com regime
de urgência constitucional para apreciação dos legisladores.
O regime de urgência acelera as etapas de tramitação e
estabelece prazo máximo de 45 dias para a deliberação da matéria, em cada uma
das casas legislativas.
INCÊNDIOS CRIMINOSOS
O projeto de lei é uma resposta à onda de incêndios
florestais que devastou o país ao longo dos últimos meses, em praticamente
todas as regiões. Até o fim de setembro, o Brasil já havia registrado cerca 200
mil focos de queimada desde o início do ano. Mais da metade do total teve
início na Amazônia. A Polícia Federal (PF) abriu 85 inquéritos para
apurar casos com indícios de incêndios criminosos.
O projeto prevê que incêndios florestais cometidos em
unidades de conservação, áreas de preservação ambiental e terras indígenas
sejam considerados agravantes, que poderão aumentar a pena de quem for
condenado por essa conduta. Dados oficiais apontam que, dos 850 mil apenados,
apenas 350 se encontram presos no Brasil por crimes ambientais.
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