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Alunos de Direito relatam crise financeira no ISCA Faculdades

Abandono de gestão, atrasos salariais e secretaria fechada foram alguns dos problemas citados por graduandos


Alunos do curso de Direito do Instituto Superior de Ciências Aplicadas (ISCA Faculdades), em Limeira, denunciaram uma grave situação enfrentada pela instituição. De acordo com relatos de estudantes e professores, os funcionários estão sem receber seus salários há meses, culminando na ausência de diversos colaboradores nesta semana devido à falta de pagamento.

A crise se intensificou quando os docentes e funcionários não compareceram ao trabalho, gerando pânico entre os alunos. A gestão da universidade havia prometido regularizar a situação salarial até o dia 31 de maio, compromisso que não foi cumprido. Em consequência, a secretaria e a biblioteca da faculdade foram fechadas, e o serviço de internet foi cortado em alguns pontos da universidade.

Adicionalmente, foi apurado que o gestor da instituição, Cesar Denardi, abandonou sua função no último dia 31 de maio, possivelmente devido a um suposto rombo financeiro na faculdade. Esta situação, segundo os alunos, agravou ainda mais a incerteza entre os alunos sobre a continuidade de seus cursos.

Os estudantes do curso de Direito estão preocupados com a possibilidade de não conseguirem concluir a graduação. Em uma reunião com a presença de uma diretora e de uma coordenadora da unidade, os alunos questionaram sobre o próximo semestre. Eles cogitam formular um abaixo-assinado virtual para buscar uma saída coletiva juntamente com o Ministério Público (MP).

Os graduandos destacaram que, segundo relatos dos professores, a situação financeira da faculdade é crítica. “Alguns docentes, voluntariamente, estão dando aula online, sem ganhar um real, por amor aos alunos”, disse uma das estudantes. “A questão é que se transferirmos para outras instituições, as grades curriculares são incompatíveis. Alguns alunos vão voltar até dois anos no curso”, disse.

A equipe de reportagem tentou contato com a direção da unidade para confirmar as informações e obter um posicionamento oficial da faculdade. No entanto, até a conclusão desta reportagem, não houve retorno.

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