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Pai e mãe são presos sob suspeita de espancar bebê de dois meses

Pedido de prisão veio do MP, após denúncia feita pelo Conselho Tutelar; outro filha do homem já morreu em situação suspeita

Um casal, ele com 28 e, ela com 22 anos, foi preso na noite de ontem por policiais militares da 1º Companhia, após a expedição dos mandados de prisão temporária dos dois, expedidos pela Justiça. A denúncia é que a filha do casal foi vítima de espancamento. O Conselho Tutelar oficiou a promotoria de justiça depois de os conselheiros Felipe Nathan Reis, Joyce Marini e Ludma Oliveira, serem acionados ao hospital Santa Casa na última sexta-feira, dia 10.
Os três conselheiros alegaram que a equipe médica tinha dito que uma bebê, de 2 meses de vida, tinha dado entrada na unidade apresentando quadro de traumatismo craniano e múltiplas fraturas. Os pais foram entrevistados. O pai alegou que a menina caiu de seus braços, depois de ele enroscar o pé no berço. A mãe disse que dormia e que não viu o suposto acidente.
No dia do atendimento, segundo relato dos pais, a bebê começou apresentar espasmos, o que os levou a socorrê-la ao hospital. Na avaliação médica, foi constatada a fratura de uma das pernas da bebê, que ainda apresentava lesões na cabeça e no braço, além de lesão no outro membro inferior. Com relação à perna quebrada, o pai alegou que a fratura pode ter sido causada durante o processo de vacinação da criança, ocorrida no dia 3 no posto de saúde do Parque Nossa Senhora das Dores.
No relatório, os conselheiros ainda afirmaram achar estranho o comportamento do pai, que é enfermeiro de profissão. Ele pouco deixava a mãe falar e, quando ela se manifestava, ele a interpelava. Diante da situação, o CT enviou o caso para análise da promotora Débora Bertolini e sugeriu que a menina permanecesse internada até o parecer do MP.  
Na tarde de ontem, a promotora emitiu um documento ao Poder Judiciário, alegando ter “elementos indicativos de crime doloso contra a vida” da bebê e pediu a prisão temporária dos pais. A Polícia Militar, por meio do sargento Octávio, alegou que foi informado sobre a decisão do juiz Rogério Danna Chaib e foi à casa dos pais, no Jardim Santa Adélia para cumprir a ordem. Os investigados foram apresentados ao delegado Dimas Custódio, que cumpriu a ordem judicial, mantendo o casal sob custódia.
ANO PASSADO
Em 03 de fevereiro do ano passado, o enfermeiro procurou o 1º Distrito Policial, para comunicar a morte de sua outra filha, então com 1 mês de vida. Na comunicação feita ao delegado Francisco Lima, o enfermeiro disse que a menina, de nome Elisa, apresentou dificuldade respiratória durante a amamentação, que era feita por meio de uma mamadeira.
Segundo a versão registrada em boletim de ocorrência, pouco tempo depois, durante o banho, ele percebeu que a menina teria aspirado água e que ele tentou a reanimação, com massagem cardiorrespiratória e que constatou que a criança estava com água no pulmão. A morte da criança teria ocorrido durante o socorro feito por um amigo. O enfermeiro afirma que no trajeto para o hospital, o carro em que a criança era socorrida freou bruscamente, fazendo com que a bebê batesse a cabeça contra o peito do pai.

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