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Servidores entram em greve por tempo indeterminado

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Ato está marcado para hoje em frente ao Paço Municipal


Os servidores públicos municipais de Limeira deram início a uma greve por tempo indeterminado em busca de melhores condições de trabalho e valorização profissional. A decisão foi anunciada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Limeira (SINDSEL), em resposta à falta de avanços nas negociações com a Prefeitura.

Segundo o sindicato, o governo Mario Botion não apresentou propostas à categoria em reunião ordinária realizada em fevereiro, e a Prefeitura tem adiado as negociações, mesmo com a data-base de reajuste sendo 1º de março. Diante da falta de diálogo, o SINDSEL afirma que a greve é um direito legítimo dos trabalhadores para reivindicar melhorias, sendo este último recurso utilizado pelos servidores de Limeira.

A greve, que teve início nesta manhã e alterou as aulas na rede municipal de ensino. Uma manifestação pacífica foi marcada para esta manhã em frente ao Edifício Prada contra a ausência de propostas concretas por parte do governo municipal em relação aos reajustes salariais e benefícios dos servidores. Segundo o SINDSEL, a falta de diálogo e a postura negligente da administração pública foram determinantes para a deflagração da greve.

“Os servidores, que desempenham papel fundamental no funcionamento dos serviços públicos municipais, reivindicam melhores condições de trabalho, valorização salarial e a correção de defasagens históricas em suas remunerações. A greve foi organizada como uma forma legítima de pressionar por essas demandas e garantir dignidade aos trabalhadores”, destacou.

As principais reivindicações incluem aumento de 12% no piso salarial, adicional de periculosidade para auxiliares gerais e merendeiras, extensão do vale-alimentação e apoio aos servidores afetados por processos judiciais. O sindicato ressalta a saúde financeira da prefeitura, com crescimento da receita, e critica a falta de prioridade do governo em valorizar os servidores, apesar da disponibilidade de recursos.

Ontem, servidores lotaram o plenário da Câmara Municipal pedindo apoio dos vereadores. Na tribuna, Nicinha Lopes, expressou a indignação dos trabalhadores em relação à falta de valorização por parte da administração municipal. Ela denunciou a retirada do vale-alimentação para 900 trabalhadores e destacou o impacto financeiro para aqueles que se dedicam ao serviço público.

Nicinha também ressaltou o desrespeito da administração em desmarcar reuniões e convocar os servidores para uma greve devido à falta de espaço, enquanto ignorava convites para negociar em locais alternativos. Na sequência, Érica Monteiro, representante da APEOESP, também se dirigiu ao plenário, expressando a dificuldade contínua dos servidores em buscar melhorias em suas condições de trabalho. Ela ressaltou a importância da luta não apenas por aumento salarial, mas também por condições dignas de trabalho para professores, merendeiras, auxiliares gerais e enfermeiras.

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