Páscoa: comércio prevê aumento de 4,5% nas vendas
Vendas devem crescer impulsionadas por ovos de chocolate e peixes
As projeções para as vendas na Páscoa deste ano trazem boas notícias para o comércio, com uma estimativa de crescimento de 4,5% em relação ao ano anterior, descontada a inflação. Essa previsão foi pela Confederação Naciona do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), abrangendo uma variedade de itens característicos da época, como chocolates, bacalhau e vinhos.
Um exemplo do otimismo que permeia o setor pode ser observado na Peixaria Peixe Bom, em Limeira, onde a expectativa é comparada ao "Natal" das peixarias. Milton Spinelli, proprietário do estabelecimento, destaca a demanda por produtos como tilápia, bacalhau dessalgado, merluza, salmão e diversos pescados com preços a partir de R$25.
A peixaria planeja estender seu horário de funcionamento até às 12h da sexta-feira para atender à demanda crescente da Sexta-Feira Santa. “Pessoal costuma deixar pra última hora mesmo, mas já percebemos uma movimentação maior nas últimas semanas por conta da quaresma. É o nosso “Natal””, destaca.
A Páscoa figura como a sexta data comemorativa mais relevante para o comércio, e se a expectativa se concretizar, este será o quarto ano consecutivo de alta nas vendas. Esse crescimento contínuo tem sido uma tendência desde 2016, interrompida apenas no ano de 2020, quando a pandemia de covid-19 impactou severamente a economia como um todo.
Entre os produtos que impulsionam esse aumento nas vendas estão os ovos de chocolate, que registram um aumento significativo na procura este ano, mesmo com os reajustes de preço. Mirela Assis, gerente de um supermercado local, destaca que os ovos infantis, acompanhados de brinquedos, têm sido os mais vendidos nos últimos dias, refletindo a preferência dos consumidores por opções que agreguem valor além do produto em si.
Esse é o quarto avanço anual das vendas de Páscoa, que ainda se insere no contexto de retomada do consumo pós-pandemia. Nesse sentido, o montante financeiro gerado deverá ficar 15% acima do volume observado na data em 2019. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma que a data está entre as mais relevantes para o varejo, o que representa um período de grande movimentação comercial e oportunidades de crescimento para o setor.
A previsão, segundo a entidade, é um aumento de cerca de 21,4% na importação de chocolates, correspondente a 3,35 toneladas, e de 70% na de bacalhau, equivalente a 7,12 toneladas do produto.
Além do chocolate e do bacalhau, a cesta típica de produtos da Páscoa – o que inclui pescados em geral, bolos, azeite de oliva, vinhos e alimentação fora de casa – deve ter a menor alta do preço médio desde 2020, de acordo com a análise do presidente da CNC.
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