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Obesidade atinge 1 bilhão de pessoas no mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na sexta-feira (1º) que, em todo o planeta, a obesidade entre adultos mais que duplicou desde 1990 e quadruplicou entre crianças e adolescentes com idade entre 5 e 19 anos. A entidade cita um estudo publicado pelo periódico The Lancet que revela que, em 2022, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo eram obesas enquanto 43% dos adultos estavam com sobrepeso.

 

A subnutrição, de acordo com a entidade, é responsável por metade das mortes de crianças menores de 5 anos, enquanto a obesidade pode causar doenças não transmissíveis como doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer. Para a OMS, o estudo, publicado com a colaboração da entidade, reforça a importância de prevenir e controlar a obesidade desde o início da vida até a vida adulta, por meio de dieta, atividade física e cuidados adequados.

 

Embora a obesidade seja frequentemente definida pelo simples acúmulo de gordura corporal, a realidade por trás dessa condição é profundamente complexa. Segundo o gastroenterologista João Secamilli esse quadro é moldado por uma interação entre fatores genéticos, ambientais, comportamentais e metabólicos. No Dia Mundial da Obesidade, 4 de março, entender essa complexidade é essencial para abordar eficazmente os diferentes graus de obesidade e suas implicações para a saúde. "Além do impacto na autoestima e qualidade de vida, a obesidade está associada a um maior risco de desenvolver uma variedade de complicações de saúde, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, distúrbios respiratórios, problemas articulares, entre outros", explica o médico.

 

De acordo com Secamilli, o diagnóstico e tratamento da obesidade geralmente envolvem uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir mudanças no estilo de vida (como dieta balanceada e aumento da atividade física), intervenções comportamentais, tratamentos farmacológicos sob prescrição médica e, em casos selecionados, intervenções cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica. "O tratamento ideal para a obesidade varia de acordo com as necessidades individuais de cada paciente e é geralmente realizado sob a orientação de profissionais de saúde especializados", salienta.

 

Segundo Secamilli o tratamento da obesidade também depende do grau em que a pessoa está. Em casos de sobrepeso por exemplo, mudanças no estilo de vida, como escolhas alimentares saudáveis e a prática de atividade física já surtem efeitos positivos. Há casos ainda quem também são necessárias terapias comportamentais, medicamentos e cirurgias bariátricas.

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