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Esporte: limeirense vem ganhando destaque no skate

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O mundo do skate é conhecido por ser majoritariamente masculino. Por ser um esporte urbano e radical, a caminhada de skate sempre foi atrelada a uma prática de lazer voltada apenas para homens, mas o interesse das mulheres tem mudado essa cultura. Segundo a Confederação Brasileira de Skate (CBSK), o número de mulheres skatistas no Brasil passou de 3,9 milhões para 8,4 milhões de praticantes no período de 2015 a 2019.

Alice Cassana tem apenas 13 anos, ama a disciplina de História e coleciona títulos em campeonatos de skate. O esporte, que ainda é pouco explorado por mulheres, faz parte da rotina da garota desde os 7 anos. A paixão pelo skate começou de uma maneira curiosa quando ela pediu para os pais um skate de presente do Dia das Crianças. "Eu não me lembro porque eu pedi, mas eu me apaixonei imediatamente. Fui fazer aulas e virei fã do esporte", conta. Ela já foi destaque em outras edições da Gazeta.

A competição começou aos 10 anos e desde então, Alice coleciona vários títulos. Treina seis dias por semana e já perdeu a conta de quantos campeonatos regionais venceu. Uma das mais recentes é a que faz os olhos de Alice brilharem ainda mais. Em fevereiro deste ano, a skatista participou da primeira competição internacional, o Skate Tour Latam, que ocorreu no Uruguai, país onde o pai de Alice nasceu. "Competi com 12 meninas e voltei para a casa com o 1º lugar e mais 350 dólares", relata orgulhosa.

Mas, nem tudo são flores na vida da skatista. Em dezembro de 2022, Alice fraturou a tíbia durante a última etapa do campeonato Transições, em São José dos Campos. Ela conta que o médico que fez o atendimento a liberou pra fazer a cirurgia em Limeira porque a Santa Casa é referência em ortopedia. A atleta fez a cirurgia e ficou quase três meses parada. No ano seguinte, em junho de 2023, outra fratura. Ela quebrou o braço durante um treino para a Liga Amadora de Bown e foi obrigada a parar com os treinos e competições por quase dois meses.

O dia de Alice é dividido entre o estudo no Colégio Jandyra e os treinos. E seja no ambiente escolar ou na pista de skate, a garota tem um segredinho quando as coisas não vão muito bem. "Eu costumo lidar bem com o nervosismo. Antes de uma prova eu faço visualização, imagino tudo dando certo e deixo rolar. Eu não gosto de perder, então, quando isso acontece eu espero a frustração passar e me empenho ainda mais para vencer no próximo", afirma.



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