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Estado anuncia R$ 200 milhões após aumento de casos de dengue

O governador em exercício de São Paulo, Felicio Ramuth, assinou ontem um decreto histórico que estabelece o Centro de Operações de Emergências (COE) no combate ao Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão de doenças como dengue, Chikungunya e Zika.

 

A primeira medida adotada é a alocação de recursos substanciais no valor de R$ 200 milhões do tesouro estadual. Esses fundos serão direcionados às prefeituras dos 645 municípios paulistas, visando fortalecer as ações de enfrentamento direto a essas arboviroses.

 

O anúncio ocorreu em meio ao aumento alarmante de casos de dengue em todo o país. Felicio Ramuth ressaltou a importância da iniciativa e a necessidade de uma abordagem conjunta entre as esferas governamentais para enfrentar essa ameaça à saúde pública.  “O enfrentamento à dengue é uma ação conjunta das secretarias de Estado, que passam a fazer parte do Centro de Operações de Emergências, e os municípios. Com apoio técnico do Governo de SP e os recursos liberados hoje (ontem), as prefeituras poderão investir em suas redes de saúde e emergência, além de realizar ações de limpeza e comunicação em suas cidades”, destacou o governador em exercício, Felicio Ramuth.

 

O Instituto Adolfo Lutz (IAL) também está recebendo investimentos para reduzir o tempo de resposta para o resultado de testes sorológicos e ampliação de sua capacidade. “Este será o maior apoio aos municípios no combate à dengue da história. Estamos investindo em capacitações e treinamento para toda a rede de saúde, e estendendo também aos professores e todos os cidadãos. Este é o momento certo para a sociedade se unir no combate à dengue”, afirmou Eleuses Paiva, secretário de Saúde do Estado.

 

MONITORAMENTO

 

O Governo de SP também lançou o Painel de Monitoramento da Dengue. Disponível no endereço dengue.saude.sp.gov.br, a ferramenta permite consultar todas as informações relativas aos casos notificados, em investigação, os confirmados e os descartados, além de dados como casos de dengue grave e os óbitos em todo o território paulista. A região de Limeira, segundo o monitoramento, concentra 102 casos de dengue, sendo 70 em Limeira, 12 em Artur Nogueira, 15 casos em Iracemápolis, 3 casos em Engenheiro Coelho e 2 casos em Cordeirópolis.

 

O Estado teve mais de 55,6 mil notificações de casos prováveis de dengue. Desses, 29.386 foram confirmados, ante 19 094 do mesmo período do ano passado. Quatro óbitos foram confirmados no Estado. O número de vítimas caiu em relação à 2023, quando 24 mortes haviam sido registradas.

 

As autoridades associam essa redução ao melhor preparo das equipes de saúde, afinal, segundo eles, desde setembro o governo se prepara para enfrentar a doença em um cenário de elevação das temperaturas motivado pelo El Niño. A dengue não tem tratamento específico, mas um protocolo de hidratação adequado ajuda a evitar o agravamento de quadros e salva vidas.

O Estado não vive uma epidemia, afirmou o secretário. Até a quinta semana, a incidência é de 67 casos para cada 100 mil habitantes. Paiva explicou que, para que fosse considerado um cenário epidêmico, esse número precisaria ser de 300, algo que já é visto em alguns municípios. "Se fosse uma guerra, estaríamos sendo atacados em todos os limites fronteiriços", compara Paiva. Segundo ele, as cidades em situação mais crítica estão nos limites com outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas de Gerais e Paraná.

 

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