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Depois de altas, preço do leite sinaliza queda

 

 

Depois de altas consecutivas no 1° quadrimestre, preços do leite sinalizam queda. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea/ Esalq/Usp). De acordo com os pesquisadores, o comportamento dos preços do leite cru segue atípico em 2023. Com uma safra pouco expressiva, as cotações registraram alta no primeiro bimestre em função da oferta limitada; no segundo bimestre, o avanço da entressafra intensificou o movimento de valorização.

Assim, no acumulado do ano, os preços do leite cru subiram 11,8%, atingindo R$ 2,8961/litro na “Média Brasil” líquida em abril – valor 9,3% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de abril/23). “Contudo, a tendência de alta deve se encerrar no terceiro bimestre – algo bastante incomum para o setor, uma vez que, historicamente, esse período é caracterizado pela elevação das cotações em decorrência da queda sazonal da produção”, avalia.
A concorrência entre laticínios pela venda de derivados aos canais de distribuição aumentou significativamente em maio, segundo relatos de colaboradores do Cepea. Esse cenário foi justificado pela combinação de dois fatores: o aumento das importações e o enfraquecimento do consumo interno. 
Após recuo em abril, as importações de lácteos subiram 42,95% em maio, totalizando 208,8 milhões de litros em equivalente leite, segundo dados da Secex.
CUSTOS RECUAM

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira caiu 2,31% entre abril e maio na “Média Brasil”, que considera os estados de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS. O movimento foi justificado por desvalorizações registradas em algumas das principais categorias de insumos que influenciam os custos de produção, dentre as quais se destacam os concentrados, adubos e corretivos.

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