Pedras na vesícula atinge até 10% da população
Você sabia que cerca de 10% da população mundial tem colelitíase? Mas você sabe o que é isso? Bem, esta doença, também chamada de cálculo ou pedras na vesícula, é mais comum do que pode imaginar e pode afetar pessoas de todas as idades, embora seja mais comum em mulheres acima dos 40 anos. Os "cálculos" podem trazer desconforto e, se não tratada, pode causar complicações como inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou infecções graves nos ductos biliares (colangite).
A pedra na vesícula é uma dor que se manifesta primeiramente no lado direito do abdômen. Uma dor intensa e súbita, comumente chamada de cólica biliar. As dores surgem, geralmente, logo após as refeições em um intervalo de 30 minutos a uma hora. Depois que os alimentos são digeridos as dores somem.
Quando o colesterol, os sais biliares ou os bilirrubinatos são produzidos em excesso pelo fígado, há precipitação formando pequenos grânulos (pedras). Estas podem variar em tamanho, desde pequenas partículas até pedras maiores e podem causar dores intensas.
O diagnóstico é feito através do exame de ultrassom. É importante que o médico investigue também patologias associadas como gastrite e úlceras utilizando a endoscopia, para que sejam tratadas em conjunto e haja alívio dos sintomas digestivos.
Os principais fatores de risco são: anemia hemolítica crônica, emagrecimento acentuado: aumenta a perda de colesterol na bile, gravidez, idade avançada, mulheres em idade fértil, principalmente por volta dos 40 anos, mulheres que tiveram múltiplas gestações, obesidade, pacientes submetidos a cirurgias gástricas, sedentarismo, uso de contraceptivos orais, úlceras duodenais e uso de dieta parenteral.
Os pacientes podem muitas vezes serem assintomáticos e nem sequer saberem desta condição. Outras vezes, descobrem estes cálculos quando estão investigando alguma outra patologia. O sintoma inicial é a cólica biliar, que caracteriza-se por uma dor aguda e contínua, localizada na topografia de vesícula biliar ou acima do umbigo, podendo apresentar irradiação para a escápula direita. Muitas vezes, esta dor ocorre após as refeições de alimentos gordurosos.
Para aqueles que apresentam sintomas, geralmente observam-se: intolerância quando ingerem alimentos gordurosos, dor na parte superior e central do abdômen ou no quadrante superior direito, mal-estar, náuseas, vômitos (acompanhados de dor abdominal).
Mas, como fazer para evitar essas doenças? É preciso ingerir a quantidade necessária de água por dia, para que os rins e o fígado funcionem saudavelmente. Além disso, é importante saber outras formas de evitar essas doenças: manter o peso adequado para o tipo físico; praticar exercícios físicos; não fumar; fazer exames regulares para medir o colesterol; evitar comer alimentos gordurosos, além de manter uma alimentação balanceada com legumes, verduras e frutas.
O médico cirurgião, especialista em laparoscopia, Dr. Ernesto Alarcon, destacou as causas e os tratamentos para essa condição, oferecendo informações valiosas para aqueles que desejam conhecer melhor o assunto.
Confira:
Dr Ernesto, pode nos explicar o que é a colelitíase?
Colelitíase é o acúmulo de cálculos na vesícula biliar, um órgão pequeno em formato de saco que armazena bile, um líquido produzido pelo fígado que ajuda na digestão de gorduras e na absorção de alguns nutrientes. Os cálculos são formados por uma combinação de colesterol, sais biliares e bilirrubina, como já dito acima.
Quais as principais causas?
A bile é composta por água, colesterol, sais biliares, bilirrubinato e lecitina. Quando há desequilíbrio na produção hepática de algum de seus componentes, há precipitação e formam-se os cálculos.
A formação de cálculos na vesícula biliar também está relacionado à diversos fatores, incluindo dieta rica em gorduras e carboidratos, obesidade, diabetes, sedentarismo, histórico familiar e idade avançada – explica o Dr. Ernesto Alarcon. Algumas condições médicas também podem aumentar o risco de Colelitíase, como doença inflamatória intestinal e cirrose hepática, que podemos falar em breve.
Dr. Ernesto, quais os tratamentos existentes?
O tratamento da Colelitíase, depende dos sintomas, do tamanho e quantidade dos cálculos. No cálculo assintomático a análise de todas as variáveis envolvendo o caso são analisadas para que se possa decidir ou não pela cirurgia. Cálculos sintomáticos são indicação para o tratamento cirúrgico.
Essa cirurgia, chamada de colecistectomia, pode ser realizada por Laparoscopia, uma técnica minimamente invasiva que oferece uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.
E o que o Dr. pode oferecer como conselho para quem sofre de colelitíase ou suspeita que tem?
Como já dissemos, a colelitíase, é uma condição comum que pode causar desconforto e dor abdominal. Felizmente, existem tratamentos eficazes disponíveis para ajudar a prevenir e tratar essa condição. Se você está preocupado com seus sintomas, consulte um médico o quanto antes, para uma avaliação completa e um plano de tratamento adequado.
Com assessoria
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