Há quem prefira fazer café no coador de pano ou de papel, à moda tradicional. Outros optam pela facilidade das máquinas com cápsulas, que ampliam a oferta na quantidade de sabores. De uma forma ou de outra, o café é quase unanimidade no gosto do brasileiro, que aprecia a bebida tanto no trabalho como em casa.

O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água. Seus benefícios nutritivos vão do combate a doenças aos efeitos de bem-estar trazidos após o consumo de uma xícara. E, nos dias de temperaturas baixas, a contribuição oferecida à saúde física e mental ganham ainda mais força, conta Renata Vieira, nutricionista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica.

A especialista explica que o café é um estimulante e ajuda a dar mais resistência física, pois tem, em sua composição, vitaminas, minerais, magnésio, cálcio, sódio, potássio e cafeína, um composto alcalóide xantina com ações anti-inflamatórias. "A ingestão da bebida desencadeia vigilância, melhora o humor e a memória, e contribui para o aumento da sensação de bem-estar por meio da liberação de beta-endorfinas, um hormônio que provoca a sensação de prazer e equilíbrio emocional", diz.

Os benefícios incluem ainda o combate a alguns tipos de câncer. Segundo Renata, isso se deve a antioxidantes, como a cafeína, os ácidos clorogênico e cafeico e o kahweol, que protegem as células contra os danos provocados por radicais livres e impedem o desenvolvimento da doença.

Combate a dor de cabeça

Entre os benefícios do café, pode-se destacar o combate a dores de cabeça e a melhoria do desempenho nas atividades físicas. Além disso, ele previne doenças cardiovasculares, prisão de ventre, diabetes, envelhecimento precoce e mal de Parkinson.

Os impactos na saúde mental resultam de seu efeito estimulante no sistema nervoso central (SNC). A pessoa aumenta a capacidade de memorização, concentração, aprendizagem e atividade motora. "Isso porque é um alimento rico em fenólicos anti-inflamatórios, que reduz a ansiedade e melhora o humor, prevenindo, assim, estados de depressão", conta a nutricionista do Hapvida.

Para adultos, a nutricionista aconselha um consumo diário máximo 400 mg de cafeína, ou seja, quatro xícaras de 150 ml de café coado. Pessoas com pressão alta devem tomar duas xícaras, ou 200 mg de cafeína.

Segundo a associação que reúne as empresas produtoras, o papel do café como um alimento importante para os brasileiros tem se mantido após o período de pandemia. No ranking por países, o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, só perdendo para os Estados Unidos. O brasileiro consome cerca de 4,8 kg por ano de café torrado.