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Câncer de pele requer diagnóstico rápido

As pessoas devem consultar um médico dermatologista a cada 6 meses. A consulta será o momento de um check-up, importante na prevenção de doenças. Situações como o câncer de pele têm alta incidência no Brasil, mas o diagnóstico rápido permite tratamentos com grandes chances de cura.

As afirmações são do dermatologista Diogo Pazzini, do Hapvida NotreDame Intermédica. Ele chama a atenção para o fato de parte dos casos não apresentar sinais evidentes de que há algum tipo de doença na pele, o que pode afetar a recuperação do paciente – diante das medidas tomadas após a constatação.

"O câncer de pele é extremamente comum no Brasil. Costumeiramente, os tipos de câncer de pele são divididos em dois grupos, que são os melanomas e os não melanomas. O segundo grupo é o mais comum, mas também bem menos perigosos e com altas chances de cura quando tratados logo no início", afirma o dermatologista.

Um em cada três diagnósticos de câncer no Brasil é de ocorrência na pele. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o país registre 185 mil novos casos por ano. O tipo não melanoma tem números altos, embora baixa mortalidade.

Regiões expostas ao sol: cuidados

Entre os não melanomas, que são 95% dos registros no Brasil, o carcinoma basocelular é o tipo mais prevalente, seguido do carcinoma espinocelular. "Eles acometem geralmente as regiões mais expostas ao sol, como o rosto, as orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e as costas", explica o dr. Diogo.

Já o melanoma é "bem mais perigoso", segundo o especialista. "Existe aí um risco de metástase com alto índice de mortalidade. Porém, a boa notícia é que, quando diagnosticado e tratado logo no início, o melanoma tem uma chance de cura superior a 90%", relata o dermatologista.

O câncer de pele acomete pacientes em qualquer faixa etária. Ainda há fatores de risco, como as pessoas que têm pele mais clara ou que apresentam predisposição genética. Histórico de casos na família requer acompanhamento mais rigoroso. O risco também é maior para pessoas que se expõem com maior frequência ao sol.

 

Usar protetor solar

A principal dica de prevenção ao câncer de pele é o uso do protetor solar. "Precisamos utilizar protetor solar mesmo nas atividades do dia a dia, e não apenas quando vamos à praia ou à piscina", afirma dr. Diogo.

O monitoramento deve ser contínuo. "Para o uso diário, já seria adequado pelo menos aplicar pela manhã, com uma reaplicação do protetor solar por volta do horário do almoço. Porém, quando vamos à praia ou à piscina ou fazer atividades ao ar livre, a reaplicação precisa ser feita com maior frequência, e aí indicamos pelo menos a cada 2 horas", orienta o médico.

O uso de chapéus e de óculos de sol também é importante. Dr. Diogo pede atenção redobrada com as crianças. Nos bebês, o protetor solar pode ser aplicado já a partir dos 6 meses de vida. Outra dica é evitar a exposição direta ao sol no chamado período crítico, das 10 horas da manhã às 4 horas da tarde

A prevenção inclui uma consulta a cada 6 meses. "O médico dermatologista vai examinar a pele, fazendo um check-up. Mesmo que a pessoa não tenha queixas, é fundamental essa consulta periódica. Temos casos em que lesões que são início de câncer de pele e que o paciente não consegue perceber", explica o médico.

Dificuldade de cicatrização de alguma lesão; pintas que mudaram de formato, tamanho ou coloração; e lesões que sangram são exemplos de ocorrências que devem gerar a consulta, além de eventuais alterações na pele.

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