Doenças do ouvido, um risco durante as férias
O perigo da perda de audição está presente no mundo, muito por conta do uso incorreto de equipamentos, como fones de ouvido e permanência em festas com música alta. O cenário já preocupa a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por isso, o período de férias faz com que muitos pais estimulem crianças e jovens a fazer atividades alternativas, como passeios ou um banho de piscina. Porém, mesmo nessas atividades, há o risco das doenças do ouvido, cuja melhor forma de prevenção é a consulta periódica ao médico, segundo Anna Carolina Bezerra, fonoaudióloga do Hapvida NotreDame Intermédica.
A lista de doenças inclui otite externa, sinusite, amigdalite, faringite e corpos estranhos (nariz e ouvido), entre outras. A otite resulta de uma inflamação constante do ouvido, por conta de excessos nos banhos de mar, piscina ou rios, além da permanência em locais barulhentos.
"A otite média aguda se origina de vírus e bactéria, e ocorre com maior frequência em crianças entre 6 e 36 meses de idade. Como prevenção, é fundamental não deixar os ouvidos úmidos", afirma Anna.
Higienização nasal
Usar protetor auricular e fazer higienização nasal ajudam na prevenção. "Ouvidos molhados após um banho de mar ou piscina podem gerar uma inflamação, como a otite externa, que é mais comum. A recomendação é lavar os ouvidos com água doce", diz a fonoaudióloga.
A consulta regular ou antes da viagem a um otorrinolaringologista é importante. "O profissional vai avaliar se há cerume, um fator de risco para otite externa. E, em casos de corpo estranho, devemos evitar que crianças manipulem objetos pequenos", relata Anna.
Já o choque térmico e a exposição ao frio ameaçam os cílios das vias aéreas – um mecanismo de defesa do organismo. "Caso o paciente tenha contato com vírus causadores de infecção das vias aéreas, a redução da motilidade dos cílios pode predispor a sinusite", explica.
A especialista aponta que o consumo equilibrado de bebidas geladas melhora a dor de garganta. Já parte dos alimentos ácidos pode causar refluxo, que, em alguns casos, evolui para uma amigdalite ou faringite.
As pessoas devem evitar ambientes barulhentos. "Som alto ou o barulho dos fogos de artifício podem gerar um trauma que resulta em dor, secreção e perda de audição", relata Anna Carolina.
A música alta e sons recreativos em excesso ameaçam 1 bilhão de pessoas com idade entre 12 e 35 anos, segundo a OMS. A perda de audição afeta a saúde física e mental, prejudica os estudos e afeta as perspectivas de emprego.
A OMS alerta para o uso inseguro de dispositivos de áudio pessoais e a exposição a níveis sonoros prejudiciais em boates, bares, shows e eventos esportivos.
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