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Região inicia campanha de imunização contra poliomielite

Limeira, Holambra e Iracemápolis dão início nesta segunda-feira (8) a imunização contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A meta nacional é vacinar, no mínimo, 95% das crianças de um a menores de cinco anos de idade contra a poliomielite e atualizar a situação vacinal das crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. Em entrevista para a Gazeta, a médica infectologista Dra. Silvia Fonseca destaca que a queda nos números da vacinação infantil preocupa autoridades e profissionais de Saúde. 

Em Limeira, a campanha será indiscriminada e independente do esquema vacinal das crianças. Em paralelo, também começa na segunda a campanha para atualização da carteira de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. As campanhas seguem até 9 de setembro. 

A vacinação de ambas as campanhas estará disponível em 17 unidades, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h. São elas: as UBSs Abílio Pedro, Bairro do Tatu, Cecap, Graminha, Aeroporto, Morro Azul, Nossa Senhora das Dores 1, Nossa Senhora das Dores 2, Nova Europa, Nova Limeira, Nova Suíça, Novo Horizonte, Planalto, Hipólito 1 e Vista Alegre, além do Ambulatório de Especialidades do Residencial Rubi e da Vigilância Epidemiológica. 

Em Iracemápolis, a medida ocorre durante todos os dias da semana e a equipe de Saúde de Iracemápolis também prepara um Dia D, no sábado, dia 20. De acordo com o departamento de Vigilâncias em Saúde, todas as crianças de 1 a 4 anos do município precisam se vacinar contra a poliomielite. Além disso, a campanha busca atender a todas as crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos, na busca de manter a caderneta de vacinação atualizada. A campanha ocorrerá em todas as Unidades de Saúde da Família (USFs) dos dias 8 de agosto a 9 de setembro. 

Em Holambra, a aplicação das doses ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e entre 13h e 15h30, nos PSFs Imigrantes e Santa Margarida. Na unidade do Palmeiras o atendimento será às terças-feiras, das 8h às 11h30. No Fundão, no mesmo dia, das 13h às 15h30.  É importante levar o Cartão SUS e a caderneta de vacinação. O Dia D de mobilização também ocorrerá no sábado, dia 20 de agosto, com atendimento das 8h às 15h nos PSFs Imigrantes e Santa Margarida. 

O declínio nos números da vacinação infantil preocupa autoridades e profissionais de Saúde no Brasil. Há pelo menos sete anos as metas de vacinação não têm sido atingidas no país. Isso gera temores, como a volta da poliomielite. A avaliação é da médica infectologista Dra. Silvia Fonseca, do Sistema Hapvida. O registro de um caso de poliomielite nos Estados Unidos, no final da semana passada, ampliou o alerta. A doença é conhecida popularmente como paralisia infantil. 

“No mundo, estão pipocando casos tanto de vírus selvagem como de vírus vacinal, que, se ocorre em uma pessoa não vacinada, pode dar paralisia. O Brasil tem tido problemas em vacinar 90% das crianças até 1 ano de idade, que é a meta das campanhas. O cenário é preocupante”, afirma a médica. 

As causas da baixa procura passam pela desinformação e a falsa sensação de que doenças evitáveis por vacinas já acabaram. Até algumas décadas atrás, a paralisia gerada pela poliomielite era notada em pessoas com dificuldades nos movimentos, obrigando ao uso de muletas – por exemplo. Também há fatores socioeconômicos. A desnutrição e a pobreza influenciam no cenário. “As vacinas são gratuitas e podem ser encontradas nas unidades de saúde. Precisamos ampliar a imunização”, defende a Dra. Silvia. 

Maior declínio da imunização no mundo 

Estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Unicef, publicado esse mês, aponta que o mundo passa pelo maior declínio de vacinação infantil nos últimos 30 anos. A baixa cobertura de imunização se mostra mais prejudicial para crianças. 

A lista de doenças inclui varicela, sarampo, caxumba, rubéola, coqueluche, febre amarela e tuberculose. Já a poliomielite afeta comumente crianças menores de 5 anos. Altamente contagioso, o vírus ataca o sistema nervoso e pode levar à paralisia dos membros. 

A transmissão ocorre por contato entre pessoas, por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes. Também pode ser transmitida por meio de gotículas de secreções, comuns quando falamos ou espirramos. Há registro de casos em que o vírus se originou de uma pessoa que não tinha sintomas da doença. 

São sintomas semelhantes aos da gripe, como dor de garganta, febre, cansaço, náusea e dor de cabeça. Em casos graves, gera a morte do paciente em poucas horas, pois dificulta a respiração. “Procurar atendimento rapidamente é fundamental”, completa Dra. Silvia.

 

 

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