IV Festival LGBTQIAP+ contou com público de 4 mil pessoas
Encerramento da IV Semana da Visibilidade, abriu espaço para comunidade exigir políticas públicas voltadas as minorias sociais
O IV Festival LGBTQIAP+ de Limeira ocorreu no domingo (24), no Bosque Maria Thereza e contou com a participação de 18 atrações independentes e da comunidade, afim de dar espaço e voz para esses artistas. O evento organizado pelo coletivo SobreViver juntamente com o Ministério da Cultura de Limeira, APOLGBT São Carlos, ADLIM, Coletivo Diversifixe e Movimento LGBT Rio Claro, recebeu um público de aproximadamente 4 mil pessoas.
“O que estamos fazendo aqui é histórico, porque ter um evento tão grande na cidade, com tanta representatividade, em um único palco, é histórico! Agora falando como artista e não mais como vice-presidente do coletivo, nós da comunidade não temos abertura para outros palcos que não sejam eventos como esse, por isso fizemos questão de que todos os artistas fossem da comunidade”, enfatizou Deivison Oliveira, vice-presidente do coletivo, em entrevista para a Gazeta.
O evento contaria com a participação da Silvetty Montilla, mas a cantora passou por uma cirurgia de caráter urgente, devido a diabetes que ela enfrenta desde o início do ano. O coletivo emitiu uma nota desejando melhoras a artista e enfatizou que as atrações ali presentes já estavam fazendo um show maravilhoso.
A vereadora Isabelly Carvalho (PT) que esteve no evento, fez questão de enviar uma parte substancial da emenda impositiva no valor de R$100 mil destinada a pasta de cultura, com a justificativa da construção de políticas públicas culturais voltadas a comunidade LBGTQIAP+ de Limeira. Segundo ela, este ano a parceira com o poder público foi maior, mas isso também advém de uma representação política da comunidade na Câmara de Vereadores. “O Bosque Maria Thereza foi escolhido para os nossos festivais, desde o primeiro, por ser este um espaço da população, mas um espaço ocioso, que ainda as pessoas não costumam ocupar, para fazer dele neste dia um ambiente de sociabilidade, festa, celebração e também político, porque não é ‘só festa’, também é festa no sentido de conscientizar a população para as questões e reivindicações desta comunidade e enfatizar que o poder público pode e deve olhar para essa comunidade”, disse a vereadora.
“Esse evento é sinônimo de independência para nós da comunidade, porque isso aqui mostra nossa luta, mesmo que forçada. Esses atos são necessários, aquilo que a sociedade ainda leva como ideal é hipocrisia, quem aqui tem a régua para medir o certo e o errado? O poder público tem o dever de entender que esse festival é uma festa e a Semana da Visibilidade é conhecimento. A política pública deve ser feita por eles, precisa-se criar leis que levem a sério as pautas da comunidade e dê ouvido para melhorar a vida dessas pessoas. Um apoio pontual em um evento como esse está longe de ser política pública”, destacou em nota um dos prestigiadores do evento, Sidney Audi.
O Coletivo SobreViver conseguiu suprir a expectativa do público e realmente teve uma estrutura digna de espetáculo. “Agradecemos o mandato da vereadora Isabelly Carvalho por conseguir a verba que realizou o evento. Quem não veio perdeu querides”, finalizou o vice-presidente do Coletivo.
Comentários
Compartilhe esta notícia
Faça login para participar dos comentários
Fazer Login