Caixa: denúncias de assédio sexual serão apuradas com rigor, diz nova presidente
A nova presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Daniella Marques, disse que o banco vai apurar com rigor as denúncias de assédio sexual feitas contra antigos dirigentes. Segundo ela, as punições necessárias serão levadas a cabo. A executiva afirmou ainda que já se reuniu com o alto comando da instituição e que a primeira decisão foi afastar pessoas envolvidas nas investigações, para proteger a imagem da Caixa.
"Asseguro: será tudo feito com independência, com rigor, com seriedade, e se realmente for comprovado, todas as punições que são cabíveis serão feitas", disse, durante entrevista transmitida neste domingo (3) pela TV Record.
Daniella, assessora de confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes, toma posse na terça-feira, 5. Ela chegou à presidência do banco público após a queda de Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual por funcionárias da Caixa. Guimarães, que deixou o cargo na última quarta-feira, nega as acusações.
A nova presidente assinou na sexta-feira um termo de posse, e fez uma primeira reunião. "Definimos um plano de ação, tomamos uma série de decisões. O primeiro passo foi o afastamento de outras pessoas que possam estar, que estão envolvidas nas apurações, porque a gente precisa proteger agora a imagem da instituição." Ela não citou nomes.
Além de Guimarães, o vice-presidente de atacado Celso Barbosa deixou a Caixa na sexta. Ele era o "número dois" do banco durante a gestão do ex-presidente.
Daniella disse que o assunto é "para já". "Metade das mulheres do Brasil são vítimas de assédio no trabalho, então a Caixa, que sempre foi o banco de todos os brasileiros, daqui para frente, e eu tenho aprovação de todos os órgãos internos, vai ser a mãe da causa das mulheres", pontuou.
Ao assumir a Caixa, Daniella será a única mulher a presidir, na atualidade, um dos cinco maiores bancos brasileiros.
Microcrédito
A nova presidente da Caixa sinalizou ainda que o banco prosseguirá com a estratégia de microcrédito iniciada na gestão anterior. "A gente tem que apoiar na capacitação e no crédito, já vinham rodando iniciativas de microcrédito. Existe agora a renovação do fundo garantidor da União para alavancar R$ 90 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas e pela primeira vez, para micro e pequenos empreendedores individuais", disse.
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