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Dia dos Namorados: psicóloga dá dicas para casais fazerem o amor durar

Chegou a data mais romântica do ano (pelo menos para os casais apaixonados): 12 de junho, Dia dos Namorados. Um momento especial regado a jantares apaixonados e trocas de presentes, recordações e declarações. Comemorado no resto do mundo em 14 de fevereiro (o "Valentine's Day", ou Dia de São Valentim), a celebração se popularizou no Brasil a partir da década de 1950. Inspirado pelo Dia das Mães, comemorado em maio, um publicitário criou uma campanha pensada para melhorar as vendas do comércio durante o mês de junho. Deu certo e a data é celebrada até hoje.

Além do coração dos amantes, o Dia dos Namorados também aquece o comércio: segundo levantamento de uma plataforma de comércio eletrônico, os casais devem gastar, em média, R$ 171 reais em presentes este ano, com destaque para compras de calçados, acessórios, roupas e perfumes. Mas você sabia que dar presentes não é a única forma de demonstrar o sentimento pela pessoa amada?

A psicóloga Sueli Cominetti Corrêa, explica que muitos aspectos compõem a experiência amorosa. "Atenção, dedicação, diálogo e autenticidade são pilares essenciais e, embora não haja uma definição única e conclusiva sobre o que é o amor, as várias correntes teóricas da Psicologia concordam que se trata de uma experiência de conexão com algo ou alguém muito forte e necessária e que precisa ser cuidada", pontua.

Segundo a especialista, a compreensão sobre as necessidades da pessoa amada, o companheirismo (aquela cumplicidade gostosa que precisa acontecer) e o carinho sincero são formas incríveis de demonstrar amor. "Valorizar o que a pessoa amada gosta; ouvir ao invés de supor; acompanhar, interessar-se sobre seus desafios, tudo isso demonstra que o que mais se quer é a felicidade dessa pessoa", reforça Corrêa.

A psicóloga que também é coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera acrescenta que, culturalmente, relacionamos o amor a algumas categorias: amor materno, amor fraternal e, especialmente na ocasião do Dia dos Namorados, o foco recai sobre os casais e sobre um tipo de amor mais íntimo/erótico, que é aquele direcionado a uma pessoa, com a qual há envolvimento emocional, dedicação afetiva e vivência sexual.

"O amor é um ponto crucial nas questões de significado e existência. Muito mais que um fenômeno biológico ou instintivo, a emoção, a cultura e as expectativas são componentes desta grande vivência que é amar", elenca Corrêa.

Como orientação, Sueli diz que é importante que os casais conversem para entender suas necessidades e características; que parem de supor -- que dialoguem e que tenham a coragem de rever conceitos e seus próprios sentimentos. "É necessário que aprendam a controlar o apego e o ciúme, mas que não fiquem desatentos à distância emocional, ao automatismo e nem a uma confiança cega de que sabem tudo sobre a pessoa amada. As pessoas mudam e precisam ser acompanhadas nas suas mudanças. A parceria e os toques físicos devem ser constantes e não só quando há desejo sexual. A entrega não é no tempo de relógio, mas vem da disponibilidade interior. O amor não segue uma receita padrão; o diálogo, o respeito e o entendimento mútuo devem ser parâmetros para um relacionamento saudável e duradouro", completa a especialista da Anhanguera.

Parafraseando os poetas, Corrêa lembra que "toda forma de amor vale a pena", "fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho", e que o amor "seja eterno enquanto dure".

 

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