Covid: estudo registra 23 sintomas mais de um ano após infecção
Metade das pessoas diagnosticadas com covid-19 apresenta sequelas que podem perdurar por mais de um ano, constatou um estudo da Fiocruz Minas, que avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo. Dos 646 pacientes que tiveram o novo coronavírus e foram acompanhados durante 14 meses pelos pesquisadores, 324 (50,2%) tiveram sintomas pós-infecção, caracterizando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como covid longa.
A pesquisa contabilizou 23 sintomas após o término da infecção aguda. Fadiga, que se caracteriza por cansaço extremo e dificuldade em realizar atividades rotineiras, é a principal queixa, relatada por 35,6% dos pacientes. Também entre as sequelas mais mencionadas estão tosse persistente ( 34%), dificuldade para respirar ( 26,5%), perda do olfato ou paladar ( 20,1%) e dores de cabeça frequentes (17,3%). A Fiocruz destaca também sequelas mentais, como insônia (8%), ansiedade (7,1%) e tontura (5,6%). Sequelas mais graves foram diagnosticadas em uma minoria, como a trombose, que afetou 6,2% da população monitorada.
Os 23 sintomas reconhecidos pelo estudo são: dor de garganta,
perda de apetite, taquicardia, nariz escorrendo, presença de muco na garganta ou nariz, manchas vermelhas na pele, baixa mobilidade, vertigem, tontura, dor no peito, trombose, dores nas articulações, diarreia, ansiedade, mudança na pressão sanguínea, insônia, olhos vermelhos, dor no corpo, mialgia, dor de cabeça, perda de olfato ou paladar, dispneia, tosse e fadiga.
As sequelas relatadas tiveram início após a infecção aguda e muitas delas persistiram durante os 14 meses, com algumas exceções, como trombose que, por ter sido devidamente tratada, teve recuperação mais rápida. Além disso, o estudo constatou que sete comorbidades - hipertensão arterial crônica, diabete, cardiopatias, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e tabagismo ou alcoolismo - tornaram a infecção aguda mais grave e aumentaram a chance de ocorrência de sequelas.
Com informações da Agência Estado
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