Marcos Bozza é o novo provedor da Santa Casa de Limeira
Com mais de 14 mil internações por ano, instituição é referência na região
Marcos Antônio Ribeiro Bozza é o novo provedor da Santa Casa de Limeira. Desde a última terça-feira, ele passou a ser o representante legal da instituição e firmou compromisso junto à mesa provedora em dar sequência ao trabalho realizado pela gestão anterior com muita disposição e confiança. “A gestão realizada pelo Didi Picinnin nos últimos oito anos foi fundamental no processo de crescimento da instituição, vamos manter este laço, alinhados ao objetivo que temos em comum que é ofertar assistência de qualidade e saúde para todos”, destaca o provedor.
Marcos tem 63 anos, é casado e tem 3 filhos. É engenheiro químico formado pela Unicamp e sócio-diretor da empresa Pro-Metal Industrial, há 37 anos. Bozza também integra a diretoria do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e da Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil) e esteve como vice-provedor da Santa Casa até a saída de Didi Piccinin, no último dia 8 de janeiro.
SANTA CASA
Marcos lembra que há mais de 121 anos a Santa Casa de Limeira tem se destacado nos serviços de assistência à saúde e comprometimento de sua equipe profissional no atendimento humanizado, tornando-se um exemplo no aprendizado de novos médicos.
O hospital realiza mais de 14 mil internações por ano e conta com 80 quartos que abrigam 237 leitos e cinco Unidades de Tratamento Intensivo (UTI): Adulto, Coronariana, Neonatal, Pediátrica e Queimaduras – que contabilizam mais 50 leitos.
A diretoria ressalta que a grandiosidade da Santa Casa está em seus recursos humanos. “É uma das instituições privadas do município que mais emprega. São mais de 1.100 colaboradores e 300 médicos, além dos voluntários e estagiários. Juntos, eles são os responsáveis diretos pelo cumprimento da missão do hospital, que é de amor à vida”.
Em entrevista ao Fato & Versão, Bozza analisa o início de sua gestão como provedor da entidade, nesse momento crítico de pandemia.
Quais os principais desafios agora, à frente da Santa Casa?
Os principais desafios, são os mesmos das gestões anteriores, atender às crescentes demandas dos atendimentos da assistência hospitalar da região, manter e valorizar nossa equipe de funcionários e contratados, equilibrar os setores econômico e financeiro, causados principalmente pelos significativos aumentos de custos do setor de saúde e da inflação.
Quais as perspectivas e expectativas?
Temos expectativas que os governos, se sensibilizem com a situação dos hospitais que atendem o SUS.
Em sua opinião faltam investimentos e políticas públicas na área da saúde? Você apresentou ou pretende apresentar projeto que visa angariar recursos para o hospital?
Os Investimentos na área da saúde, precisam ser constantes devido ao aumento de demanda e de novas tecnologias.
Temos apresentado inúmeros projetos de investimentos e melhorias e temos sido atendidos tanto por emendas parlamentares bem como por doações de empresas e de pessoas físicas. Nos últimos anos, diversos investimentos foram executados. Hoje, temos um hospital moderno e bem equipado. O mais completo da região.
Temos projetos de investimentos e melhorias também em equipamentos, instalações, valorização dos colaboradores, bem como a melhoria dos processos de gestão, eficiência, redução de custos, por meio de treinamento e capacitação da nossa equipe.
Assim como outras cidades, Limeira vem registrando um aumento significativo do número de casos de Covid em paralelo ao surto de gripe. Diante desse cenário, a demanda aumentou nas últimas semanas. Como a Santa Casa está enfrentando esse momento?
Conseguimos aumentar o efetivo de médicos e a reativamos nosso protocolo de Covid, que foi usado nas ondas anteriores, que é transformar leitos gerais em leitos específicos para a doença.
Depois de meses de queda no número de casos de Covid, as infecções atingem novo pico. Você acredita que a realidade hoje é a mesma de 2021?
Em número de casos, o país possivelmente já está no mesmo patamar ou maior do que as ondas anteriores. Os dados estão prejudicados pela falta de kits para testagem no país e pelo excesso de pessoas suspeitas.
Quanto às internações, ainda não estão iguais ao ano passado, mas os casos estão aumentando e isso sugere que teremos o mesmo problema.
A Santa Casa está promovendo uma campanha para a reforma da fachada. Como está o andamento? O deve englobar nesta reforma?
O Projeto da Pintura visa buscar doações, mas também estimular à população ao sentimento de “pertencimento” e participação na filantropia. Até o momento, arrecadamos aproximadamente R$ 50 mil e estamos buscando uma parceria com fabricantes de tintas.
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