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Ansiedade afeta 54% das brasileiras, diz estudo

Criado em 2014, o janeiro branco tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para assuntos relacionados à saúde mental e emocional das pessoas e conscientizar que, assim como o corpo, a mente também deve ser cuidada. De suma importância, durante este mês, são feitas inúmeras campanhas de conscientização em todo o país.

É preciso ter atenção à saúde mental, pois conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 54% das brasileiras sofreram ou sofrem de ansiedade, 24% de estresse contínuo e 17% de depressão. 

A ansiedade afeta principalmente as mulheres mais jovens, dos 18 aos 24 anos, com 58% das participantes, e as que estão tentando engravidar, com 57% delas. Assim como o estresse contínuo, que afeta 26% delas. Já a depressão afeta principalmente as mulheres dos 45 aos 49 anos, com 25% das entrevistadas, e dos 50 anos ou mais, com 21% das mulheres. Os homens também sofrem com ansiedade, 34%, e depressão, 21%.

A pedagoga Caroline Prado sofre do transtorno e destaca que falar em público ou ficar sozinha estão entre alguns dos fatores que podem desencadear um pico. “Já começo a passar mal e ficar tensa com dores enormes de cabeça. Enxergar perigo em tudo e sempre estar pensando no futuro e no que pode acontecer também me deixam no auge da ansiedade”, disse.

Além das dores de cabeça, outros sintomas também são pontuados. “Fico nervosa, tenho crise de choro, mordo os lábios e até sinto coceira no corpo todo. Se tenho que ficar sozinha preciso estar falando com alguém, nem que seja pelo telefone. Eu nunca me sinto capaz das coisas”, disse.

A terapia contribuiu para diminuir os sintomas, e para a pedagoga, buscar ajuda profissional é fundamental para controlar a ansiedade. “Fiz terapia por dois anos e me ajudou muito. O reiki também (medicina alternativa baseada em pseudociência). No ano passado, tive uma crise muito forte que desencadeou uma urticária e dores crônicas de cabeça. Com a ajuda de um neurologista e doses gradativas de remédio controlado, as crises diminuíram. É muito importante buscar essa ajuda”, destaca.

O Ministério da Saúde também pontua que entre os principais tipos de tratamento estão os medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica), a psicoterapia com psicólogo ou com médico psiquiatra e a combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).

“A maior parte das pessoas começa a ser sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo, são imprescindíveis para obter-se melhores resultados e menores prejuízos”, explica o órgão.

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