Faturas digitais aumentaram 500% nos últimos cinco anos
Com o avanço da internet, o brasileiro está cada vez mais conectado com os meios digitais e as empresas têm optado por transações de pagamento on-line. É o que mostra uma pesquisa da PGMais, empresa especializada em soluções digitais para o mercado de relacionamento. Nos últimos cinco anos foi registrado um aumento de 500% no processamento de documentos digitais.
Por exemplo, o envio de documentos por canais digitais passou de 49,2 milhões, em 2015, para 301,6 milhões em 2020. Por outro lado, a emissão de documentos físicos, como cartas de cobrança e boletos, caiu mais de 75%, em cinco anos – de 78,4 milhões em 2015, para 20 milhões, no ano passado. “São faturas, boletos, carnês, cartas e outros documentos, tudo digitalizado. O envio se dá por e-mail, SMS ou por mensagens de aplicativos como WhatsApp e RCS”, explica o CEO da empresa, Paulo Gastão.
“Chegamos à marca de 2 bilhões de documentos processados, com mais de 10 bilhões disparados pelos canais digitais da nossa empresa. Isso significa que 20% de todos os nossos disparos estavam anexados com boletos, faturas, carnês ou links de pagamentos”.
Algumas empresas não oferecem mais a opção da fatura física, daquelas que eram enviadas à casa do cliente. Já outras ainda contam com essa opção, mas cobram uma taxa, geralmente, de R$ 5 para quem preferir receber sua fatura de papel. Há ainda empresas que dão desconto no valor total da compra ou do serviço para quem escolher a fatura digital.
O autônomo Danilo Silva conta que optou por receber a fatura do seu condomínio, do telefone, da internet e o boleto da filha por e-mail. “Com isso, tenho uns descontinhos de R$ 3, R$ e até de R$ 10. Eu não gostava de juntar vários papéis em casa, na verdade, eu me perdia neles”, diz.
Já o eletricista Alexandre Brito, prefere receber as faturas em casa. “Eu acabo perdendo as datas de pagamento quando não tenho as faturas em mãos. Meu banco, por exemplo, só envia a fatura do cartão por e-mail e SMS, eles não têm mais a opção do papel”, lamenta.
IDOSOS
Entretanto, o ambiente digital é pouco popular entre as pessoas idosas, que acabam precisando da ajuda de terceiros na hora de quitarem suas dívidas. Com isso, aumentam os riscos para novos tipos de golpes.
Irene Pereira explica que gosta de ir até a lotérica para pagar as contas de energia, água, internet, cartão de crédito e plano médico. “Os boletos do telefone e o do cartão só veem por e-mail, então tenho que pedir para minha filha receber e pagar para mim. Ela entra nos aplicativos e faz os pagamentos com meu cartão. Mas achava melhor quando recebia por correspondência, porque não dependia de ninguém”, relata.
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