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Empresas se preparam para escassez de profissionais de TI

Com o avanço da digitalização entre as empresas, a expectativa era de que o número de profissionais de áreas como desenvolvimento e infraestrutura de TI se multiplicasse. Mas, na prática, parece haver um descompasso entre a oferta e a demanda de funcionários que atuam nesses campos. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), serão necessários cerca de 430 mil novos profissionais de TI até 2024. No entanto, apenas 46 mil se formam todos os anos, em média.
 
Leonardo Carvalho é coordenador dos MBA’s em Gerenciamento Ágil de Projetos e Gerenciamento de Negócios no Centro Universitário Newton Paiva. Segundo ele, a maioria das empresas estão cientes e se movimentam para contornar essa escassez de profissionais. "Uma possível solução é identificar a necessidade previamente e monitorar sua variação para investir em capacitação dos talentos internos. Estratégia que já está sendo posta em prática por muitas organizações atualmente", avalia.
 
A dificuldade para encontrar mão de obra qualificada já começa a refletir na remuneração dos profissionais. Segundo um levantamento da startup de recrutamento Revelo, houve um crescimento de aproximadamente 55% na média salarial dos profissionais de TI que atuam nas grandes capitais brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021. Segundo a pesquisa, o salário base, que era de R﹩ 6.020,41, saltou para R﹩ 9.364,21 em apenas 5 meses.
 
Plataformas Low-code e No-code
 
Apesar de ser uma forma de adequar a oferta de mão de obra em relação à demanda, a formação dos profissionais da área é uma estratégia de longo prazo. Uma solução imediata tem sido a utilização de plataformas No-code e Low-code. Segundo o relatório "Forecast Analysis: Low-code Development Technologies", do Gartner, o mercado mundial desse tipo de tecnologia deve movimentar US﹩ 13,8 bilhões em 2021. Este número representa um aumento de 22,6% em relação ao ano anterior.
 
"Tratam-se de plataformas estruturadas, que utilizam pouca ou nenhuma codificação para construção de aplicações . A grande vantagem é que elas empoderam profissionais de outras áreas para atuarem como técnicos. São plataformas que têm evoluído muito para simplificar a criação de produtos digitais, demandando cada vez menos conhecimento profundo de programação para construção", afirma o professor da Newton Paiva.
 
Cientes dessa demanda de mercado, existem especializações que já incluem tais habilidades em suas grades, como é o caso dos cursos de Gerenciamento Ágil de Projetos e Gerenciamento de Negócios, da Newton Paiva. Os MBA’s possuem disciplinas específicas de Transformação Digital que, segundo Leonardo, oferecem uma cobertura ampla das principais ferramentas Low-code e No-code.

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