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Caminhoneiros autônomos ameaçam greve a partir de amanhã

Uma nova paralisação dos caminhoneiros autônomos está prevista a partir desta segunda-feira, 1º de novembro. As Centrais Sindicais divulgaram que apoiam a mobilização nacional, já o Sindicato dos Caminhoneiros da região repudia todo e qualquer ato de greve devido ao momento crítico que o país enfrenta.

Na sexta-feira (29), o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) - órgão que reúne integrantes do governo federal e secretários estaduais de Fazenda - aprovou o congelamento, por um prazo de 90 dias, do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas vendas de combustíveis. A medida chegou no momento de ameaças da greve, o que pode desestimular a paralisação.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre e mais nove centrais sindicais divulgaram uma nota de apoio. “A pauta é de interesse de toda a classe trabalhadora. Os caminhoneiros, através das suas organizações, têm atuado para viabilizar as demandas e propostas há muito apresentadas e que não tem obtido retorno por parte do governo federal. Não só não há retorno como os problemas têm se agravado.  Nesse caso, a inflação se expressa na alta dos preços da energia elétrica e dos combustíveis que são de responsabilidade do governo federal que, mais uma vez, nada faz”, afirma.

Entre as reivindicações destacam-se a redução do preço do diesel e revisão da política de preços de Petrobras; piso mínimo de frete; retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição; aprovação do novo Marco Regulatório de Transporte Rodoviário de Carga (PLC 75/2018) e criação e melhoria dos Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).

O Sindicato dos Caminhoneiros da região se manifestou contra a paralisação. Nesta sexta-feira, em entrevista à Gazeta, o setor jurídico enfatizou que caso haja necessidade o sindicato irá dialogar e representar os caminhoneiros, mas não apoia a paralização da forma apresentada.

“O sindicato repudia todo e qualquer ato de paralisação haja vista que o momento em que vivemos é crítico. Entendemos que as pautas apresentadas como revisão da política de preços, aposentadoria especial com 25 anos e aplicação da tabela mínima de frete são coerentes para a categoria, no entanto devem ser traduzidas através do diálogo com as autoridades competentes, para não atrapalhar a situação do país. Qualquer forma de paralisação de rodovias é incoerente com o diálogo que o governo proporcionou a categoria”, disse Dr. Bruno.

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