Abastecer com gasolina está mais vantajoso que álcool
Etanol tem nova alta e está 43% mais caro desde janeiro; aprenda fazer o cálculo álcool x gasolina
Os constantes reajustes da Petrobras para as distribuidoras têm refletido nas bombas. Ontem, a média nacional de preço do etanol era de R$ 5,20 e da gasolina, R$ 6,31. Já em Limeira, o preço médio do litro do etanol pode ser encontrado até a R$ 4,59 e na gasolina o motorista paga cerca de R$ 5,89. De acordo com o proprietário de uma rede de postos de combustíveis da cidade, o último aumento do etanol ainda não atingiu o consumidor final e não tem previsão para chegar às bombas.
Mas para tentar amenizar os prejuízos causados pelos aumentos, há a opção de se fazer o cálculo para saber qual combustível é mais vantajoso.
COMO CALCULAR
De acordo a Ticket Log, gestora de frotas e mobilidade, o ideal é uma análise mensal considerando os preços atualizados e avaliando o custo do KM de cada combustível. Para calcular o comparativo entre os dois combustíveis, basta dividir o preço do etanol pelo da gasolina. Se a porcentagem do etanol for menor que 75% (0,75) do valor da gasolina, compensa encher o tanque com o etanol. Se for maior, vale mais a pena escolher a gasolina.
Vale lembrar que, antigamente, a proporção ideal era de 70%, mas os cálculos foram repensados e a porcentagem foi redefinida a partir da evolução técnica dos motores dos automóveis e do próprio combustível proveniente da cana-de-açúcar.
GASOLINA COMUM OU ADITIVADA?
Essa é a dúvida de muitos motoristas que chegam aos postos para abastecer. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) explica que, em muitas vezes, a escolha errada pode acarretar em um menor aproveitamento da potência do motor ou até mesmo em problemas mecânicos.
Segundo a ANP, na relação custo-benefício, em grandes centros urbanos, onde é comum a situação “anda e para”, vale à pena abastecer com gasolina aditivada. Mas, as vantagens são reduzidas quando as velocidades médias são mais altas, como em viagens. Neste caso, recomenda-se o uso da gasolina comum. Lembrando que abastecer com gasolina aditivada um carro que há anos recebe apenas a comum pode causar o entupimento dos bicos injetores e dos carburadores. O ideal é que a mudança seja gradativa.
Os dois tipos de combustíveis contam com mais de 50 componentes ao todo e a real diferença entre cada um deles está no aditivo, a gasolina comum é aquela que tem a octanagem mínima de 87, agora, a aditivada conta com um pacote de aditivos que, geralmente, contém um detergente promovendo a limpeza de todo o sistema de alimentação de combustível do carro.
Ao contrário do que muitos pensam, a gasolina aditivada não rende mais, mas ela aperfeiçoa o desempenho do veículo. Um motor sujo acaba elevando o consumo de combustível, por isso que ao realizar a limpeza abastecendo com a aditivada, ele pode voltar com o seu desempenho original. Já as montadoras afirmam que a fonte mais segura para saber qual gasolina usar, é o manual do proprietário. Lá, é possível encontrar informações do combustível que mais se adapta a cada veículo.
DICAS DE ECONOMIA
- Trocar o ar condicionado pela abertura dos vidros é uma das práticas que podem ajudar em velocidades de até 60 a 70 km/h. Dependendo do modelo, o ar pode gerar um consumo adicional de 15%.
- Já acima de 70 km/h o motorista deve fechar os vidros, isso ajuda na economia porque com os vidros fechados o carro gerará menos arrasto aerodinâmico.
- Manter os pneus bem calibrados também ajuda na redução do consumo, pois o arrasto também será menor. Algumas marcas até mesmo recomendam colocar 2 ou 3 libras a mais se o uso for rodoviário, para uma redução de consumo ainda maior.
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Etanol tem nova alta e está
43% mais caro desde janeiro
O valor médio do etanol liderou as maiores altas entre todos os tipos de combustíveis no fechamento de setembro, revela o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log. Com alta de 4,11%, no comparativo com agosto, o combustível registrou a média nacional de R$ 5,388, em setembro. Já a gasolina avançou 2,31% no mesmo período e alcançou R$ 6,30, dois meses após ultrapassar, pela primeira vez, R$ 6,00. Se comparado a janeiro, quando o fechamento foi de R$ 4,816, a diferença é de 30%.
“Pelo quarto mês consecutivo, o etanol apresenta médias acima de R$ 5,00 e neste fechamento de mês liderou a maior alta entre todos os combustíveis. Quando analisamos o comparativo com o primeiro mês do ano, o aumento no preço do etanol foi de 43%”, destaca Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.
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