
Fibromialgia: a dor invisível que precisa ser reconhecida
Queridos leitores, quantas vezes vocês já ouviram alguém dizer: “Essa dor é coisa da sua cabeça”?
Para quem sofre de fibromialgia, essa frase é mais comum do que deveria e profundamente injusta. A fibromialgia é uma condição crônica, reconhecida pela medicina, que causa dor por todo o corpo, além de fadiga intensa, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e, muitas vezes, ansiedade e depressão.
O que é fibromialgia, doutor?
É uma síndrome que afeta principalmente mulheres entre 30 e 60 anos, mas homens e até adolescentes também podem ser atingidos. O grande desafio é que a doença não aparece nos exames laboratoriais ou de imagem, o que leva muitos pacientes a sofrerem com diagnósticos errados ou até mesmo desconfiança.
E quais são os sintomas doutor?
Dor generalizada e persistente, cansaço mesmo após dormir, sono não reparador, dificuldade de memória e concentração, mais sensibilidade a estímulos como luz, barulho ou temperatura e sintomas emocionais como ansiedade, irritabilidade ou tristeza.
E como é feito o diagnóstico, doutor?
Ele é clínico, baseado em uma boa avaliação e valorização do médico à queixa do paciente e na exclusão de outras causas. O paciente precisa relatar dor difusa por pelo menos três meses, além de outros sintomas associados. Não há um exame específico, mas há critérios bem definidos para ajudar o diagnóstico.
O que causa a fibromialgia, doutor?
As causas ainda não são totalmente conhecidas. O que se sabe é que existe uma alteração na forma como o cérebro e a medula processam os sinais de dor, como se tudo fosse amplificado. Fatores como traumas físicos ou emocionais, infecções e predisposição genética podem estar relacionados.
Existe tratamento, doutor?
Sim, e é individualizado e multidisciplinar. Não existe uma cura definitiva, mas é possível viver bem com o controle dos sintomas.
O tratamento inclui atividade física regular (mesmo com dor, o exercício é fundamental), medicamentos específicos (antidepressivos, moduladores da dor e relaxantes musculares também são uma boa opção); psicoterapia e apoio emocional também auxiliam bastante. Técnicas como acupuntura, meditação, fisioterapia e boa higiene do sono entram nesta lista importante.
A fibromialgia não é frescura, nem exagero. É uma doença real, que exige acolhimento, empatia e um olhar atento da sociedade. Ao reconhecê-la e falar sobre ela, damos voz a milhares de pessoas que vivem com essa dor silenciosa todos os dias. Tenham todos uma boa semana.
*Nosso próximo encontro será no Grupo de Terceira Idade Renascer no dia 19 de maio, às 14h, no Centro Comunitário do Jardim Morro Azul – Rua Francisco Bisca, nº 121. Vamos construir uma cidade onde cada memória seja valorizada. Conto com vocês, tenham todos uma boa semana!
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