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Musculação x Alzheimer

A palavra sarcopenia vem ganhando cada mais espaço no noticiário e no nosso dia a dia. E não é à toa, pois se refere a um processo pelo qual todos nós passamos: a perda progressiva de massa muscular, força e desempenho físico, tornando-se uma das principais causas de fragilidade em idosos.

E a musculação já é reconhecida como uma ferramenta poderosa na prevenção da sarcopenia, afinal traz três grandes benefícios físicos: 

Preservação da massa muscular, pois o treinamento de força ativa as fibras musculares de contração rápida, que são as mais afetadas pelo envelhecimento.


Melhora da força e funcionalidade, pois reduz o risco de quedas e melhora a capacidade de realizar atividades do dia a dia.


Aumento da densidade óssea, à medida que previne osteoporose e reduz o risco de fraturas.

A novidade agora é que a musculação também faz bem para o cérebro, ajudando na proteção contra demências, incluindo a Doença de Alzheimer. 

Um estudo recente da Unicamp reforça o que diversas pesquisas já sinalizavam. A prática regular de exercícios de resistência não só preserva a massa muscular, mas também estimula funções cognitivas essenciais.

O estudo destaca que o exercício de resistência estimula a produção de substâncias neuroprotetoras, como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que tem papel essencial na neuroplasticidade e na prevenção do declínio cognitivo. Outros benefícios incluem:

Melhora da circulação cerebral, pois o aumento do fluxo sanguíneo leva mais oxigênio e nutrientes ao cérebro.

Redução da inflamação, pois a Doença de Alzheimer e outras demências estão associadas a processos inflamatórios crônicos, que podem ser reduzidos pela atividade física.

Estímulo à memória e aprendizado afinal, a musculação ativa áreas cerebrais ligadas à cognição e à memória.

Definitivamente, a musculação vai muito, mas muito além da estética, como algumas pessoas ainda imaginam. E quanto mais cedo começar a ser praticada, melhor. Mas sempre é tempo de começar. Se eu pudesse dar um conselho, queridos leitores, não adiem essa atividade.

Diante de todos esses benefícios, não restam dúvidas de que a inclusão de treinos de força na rotina dos idosos deve ser incentivada, sempre respeitando as condições individuais e sob supervisão profissional. 

Tenham uma ótima semana!

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